Coração Interestelar.

Capítulo 14.

Sobre nós.

Mew estava caminhando de volta para a árvore da Vida para encontrar os irmãos, tivera um dia cansativo, mas, ao mesmo tempo, produtivo. A meta era conhecer o máximo do planeta possível e o catalogar, então poderia considerar que apenas estava fazendo seu trabalho.

Quando chegou em frente à árvore, viu Singto sentado em frente, sua expressão não era das melhores, então apressou o passo.

— Espere aqui — Ordenou a Chopper, que vinha o acompanhando. O animal apenas o olhou com curiosidade e continuou seguindo-o, sem saber o que dizia — Treinarei você mais tarde.

Mew se aproximou do irmão, que ficou de pé assim que o viu.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou.

Singto respirou fundo e disse;

— Eu... queria me desculpar com você propriamente — Ele balançava nervosamente — É culpa minha... tudo o que aconteceu e nesses últimos dias eu só conseguia pensar o quanto coloquei você e os outros em perigo e eu sinto muito mesmo... não queria que as coisas tivessem terminado daquela forma, quase perdemos você.

— Ei, calma, respire um pouco — Mew pediu, colocando as mãos sobre os ombros do mais novo — O que aconteceu foi... um problema, mas que foi resolvido.

— Foi ideia minha ir até lá.

— E eu concordei — Mew o balançou um pouco — Eu sou o comandante, se fomos até lá foi porquê eu concordei. Não quero que se culpe, apenas termine o trabalho e vamos comer!

Singto concordou com a cabeça, sendo levado de volta para a árvore da Vida pelo irmão mais velho, quando subitamente foi puxado eles foram puxados para o lado.

— O que-

— Calem a boca e olhem.

Zee mandou, ele e Tul estavam escondidos em um corredor enquanto apontavam para frente. Mesmo ainda um pouco confusos, Mew e Singto olharam para frente, logo compreenderam o que estava acontecendo.

Diante deles, alguns poucos metros à frente, Xiao Zhan e Wang Yibo estavam sentados nas escadas, com apenas um degrau de distância, muito próximos enquanto conversavam.

— Será que finalmente vem aí? — Mew sussurrou para Zee.

— Eles estão tão próximos que basta uma brisa para que se beijem — Tul comentou.

— Estão conversando há alguns minutos, estou apenas aguardando... — Zee falou.

— Fiquem quietos! Eu quero ouvir — Singto mandou, enquanto puxava sua câmera para gravar.

Xiao e Yibo estavam longe demais para que pudessem ver ou ouvir os irmãos, então continuaram sua conversa initerruptamente.

— Aquelas pranchas são incríveis! — Yibo dizia — Um pouco instáveis, mas dá para fazer tantas coisas.

— Eu vi você caindo algumas vezes — Xiao sorria largamente.

— É errando que se aprende, meu caro — Ele piscou, arrancando uma risada leve do mais velho.

— Você sempre foi assim. Não importa se caía mil vezes no skate nos corredores da base, sempre tentava de novo — Seu olhar continha um brilho estelar enquanto falava — Eu lembro de ouvir você caindo enquanto praticava no quarto à noite, depois do toque de recolher. Sempre foi um pestinha.

Yibo ficou em silêncio um instante, era possível ver um leve rubor em suas orelhas quando virou um pouco o rosto.

— Não fale como se fosse um velho... — Disse.