O Anjo & A Fênix Parte 1 - O Guardião do Jardim

Capítulo 24 - Berços

- Um deles é o verdadeiro primogênito do Rei Phellipe. - Completa Alexius.
- Como é? - JK e Jin pergunta ao mesmo tempo.
- E para saber qual, tiveram suas almas corrompidas com a sombra. E no ritual para trazer Ana de volta, colocou naquela pétala apenas uma gota de seu próprio sangue, para que a sombra também a atingisse.
- Por quê ele faria isso com ela? - Pergunta JK.
- Para manter seu poder bloqueado e descobrir se ela é a primogênita do Rei Phellipe.
- Quê? Ana pode ser minha irmã? - JK surpreso.
- Quando eu a ressuscitei no passado, ela tinha habilidades, mais poderosas do que as que cedi aos seus amigos guerreiros. - Fênix se referiu ao Octavios, Marcondis, Kristal e Kattarine. - E eu desconhecia da possibilidade dela ser filha ilegítima do Rei Phellipe, perdão Príncipe. - Fênix parece abalada.
- Nem eu sabia disso... - Começa Jin/Adrian. - Ela se envolveu com o pai de Michael/JK?
- Não por vontade própria. - Fênix responde com muita tristeza. - Não foi só da morte que não a protegi...
- Rei Phellipe ao chegar na sua idade adulta, se tornou um outro homem. Teve inveja do irmão, cobiçou sua popularidade, sua mulher, sua coroa e quando enfim conseguiu o trono, quis ser mais forte do que todos os Magos e Anjos, quis ser imortal. Ele e Damian formaram uma bela dupla! - Alexius completa. - E acabou possuído por Amaymon após um sacrifício pelo o que desejava.
- Ele não imaginou como seria, mas não duvido que devido ao seu ego faria tudo de novo acreditando que seria capaz de dominar aquele demônio vil! - Diz Jin/Adrian que ainda estava pasmo com o que acabou de saber.

JK se afasta deles, Kattarine vai atrás. De pé, com as mãos apoiadas numa árvore, dava impressão que queria empurrá-la do lugar. De cabeça baixa, sentia culpa e desesperadamente torcia para que não fosse verdade a suspeita sobre Ana. Não consegue parar de lembrar do que aconteceu intimamente entre eles.
- Agora essa! - JK bate na árvore e encosta a testa nela. - Não pode ser, não pode!
- Alteza... - Kattarine o chama, fazendo ele olhar para sua direção. - Imagino como deve estar se sentindo, posso ajudá-lo em algo? Nem que seja para acalmá-lo?
- Pode fazer isso tudo acabar?
- Não.
- Aí está a minha resposta. - Diz passando por ela para ficar sozinho mais para dentro das árvores.
- Farei o possível para cooperar para isso. - Diz Kattarine sabendo que talvez ele não tenha a ouvido.
Mas ele ouviu.

Na Câmara dos sonhos...
Aparentemente, Hoseok/Gael, Namjoon/Zayn e Yoongi/Dom estavam calmos. Livy, totalmente recuperada de seus ferimentos toma uma decisão.
- Voltarei para a floresta. Peço a vocês para que fiquem, aqui estarão seguros.
- Quero ir também.
- Essa opção não existe Zayn, sinto muito.
Antes de qualquer argumento, Livy abre a passagem e rapidamente a fecha após sua travessia.
- Você viu o Príncipe? - Pergunta Patrick a Kattarine.
- Sim, mas acredito que ele não quer companhia.
- Entendo, mas vou conversar com ele mesmo assim. - Kattarine mostra a direção para onde JK havia ido.
- Imagino que ele está numa pilha de nervos.
- Sim Kris, é tão ruim quando nos sentimos presos pela impotência, diante daquilo que tanto nos angustia.
- Nem me lembre, eu sei que o Henryk é um dos nossos, mas não posso esquecer o quê ele fez com Marcondis.
- Octavios... - Kris o repreende.
- Estou tentando me segurar.
- Tente mais, não é hora de perdermos a cabeça.
- Verdade. - Concorda Kattarine. - Essa história de Daluan, da Ana... Está difícil de assimilar. Pra mim há algo por trás disso tudo, que ainda não sabemos.
- Você acredita mesmo nisso?
- Meu faro nunca me enganou e você sabe muito bem.
- Tenho que concordar. - Diz Kristal
Patrick o encontra, JK está sentado observando o céu entre as folhas das árvores.
- Refletindo Alteza?
- Ah, é você Patrick.
- Vim conferir se está bem... - Patrick senta de frente à ele. - E sei que não está e com razão.
- Só não quero que seja verdade.
- Todos nós. - Patrick em seguida olha para cima. - O céu está esplêndido não é mesmo?
- Sim... - JK se junta à ele na observação. - Costumávamos a fazer isso, todas as noites praticamente. Essa lua tão mágica e diferente, as estrelas... - Suspira. - Espero que ela esteja bem e que ainda tenhamos tempo.
- Teremos Alteza.
- Posso te pedir uma coisa?
- Claro!
- Não me chame assim, é estranho.
- É o quê você é.
- Mas não me sinto como tal.
- E como que prefere ser chamado?
Michael?
- JK... Pelo menos até me acostumar, tudo bem?
- Como desejar, JK.