Sem Reação

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Narradora

Donna escutava os gritos ecoaram pelas paredes, dentro de seu pequeno esconderijo ela se perguntava qual era o momento exato de sair de lá. Em meio a pensamentos caóticos a garota viu sua chance quando um dos garotos abriu a porta com tudo e saiu correndo e berrando desesperado. Respirando fundo e lembrando de todos os anos de sua vida pelo qual valiam a pena lutar, Donna se esgueirou de lá e saiu correndo pela porta, mas pegando uma direção contrária do garoto. — Eu tenho que tentar! — Disse tentando achar confiança para fazer isso, e então lá estava a pequena Donna, correndo por sua vida. Mas algo parecia errado, por que passos pesados estavam ecoando atrás dela insistentemente? Por um milissegundo a morena olhou para trás, seu coração disparou com a cena.

Um homem de máscara, com prováveis dois metros de altura estava correndo atrás dela com uma motosserra enorme, com aquele barulho incessante e horrível, sua visão começou a ficar turva de medo. — Deus! Não por favor... — Disse desesperada quando percebeu que aquela estrada que tinha escolhido era como um corredor interminável e vazio, Donna não parava de correr e de longe avistou o que parecia ser um grande celeiro abandonado. — Essa é a minha chance! — Exclamou entrando e procurando algo para tentar se defender daquele homem horrendo, Thomas começou a se irritar com isso, como alguém com pernas tão curtas pode correr tanto desse jeito? Donna pegou uma barra de metal e então se escondeu atrás de um grande pedaço de feno que estava alinhado entre tantos outros.

Eu preciso de um plano... — Sussurrou para si mesma ficando cada vez mais tensa com o barulho dos passos e da motosserra que ecoavam pelo velho lugar, Thomas olhou em volta pensando em possíveis esconderijos e optou pelos mais óbvios que estavam por ali, nada nos armários, nem perto das cercas, nenhum sinal da garota perto do velho caminhão, então restou apenas um lugar não checado, os fenos que estavam alinhados perto de uma grande porta. Para assustar a pobre Donna, ele fez um som alto com a motosserra e então a passou pelos grandes feixes de palha seca que estavam lá também, com extremo sucesso, o homem ouviu os passos apressados da morena que saiu quase que voando pela porta com uma barra nas mãos.

A garota sorriu amargamente ouvindo os passos pesados novamente atrás dela, seus pulmões queimavam por ar, suas pernas estavam ardendo e cansadas de tanto correr, seu cabelo desgrenhado e sua roupa limpa tinha ido para os ares, a vontade de desistir a atropelou como um grande caminhão e então ela respirou fundo e parou de correr, do que adianta continuar correndo se esse jogo de gato e rato só vai acabar até um deles acabar morrendo? Então ela olhou para trás vendo que o homem também parecia cansado de correr com aquela coisa pesada. A mesma se virou para trás, largou a barra de ferro e andou na direção do mesmo com passos calmos. — Eu desisto. — Disse vendo que o mesmo tinha largado aquela motosserra no chão e parecia um tanto surpreso, talvez por causa de ele nunca ter visto alguém se entregar mesmo depois de correr tanto.

Thomas estava sem reação, a garota simplesmente depois de tanto lutar e correr para viver desistiu de uma hora para outra e se entregou para ele como uma ovelha indo de bom grado para o covil do lobo. — Eu posso ao menos pedir para que isso seja rápido? — Pediu com sua voz baixa e de uma maneira suplicante, sem esperar mais alguns segundos, a última coisa que a morena sentiu antes de desmaiar foi uma forte pancada em sua cabeça e duas mãos grandes envolvendo sua cintura impedindo que a mesma caísse no chão. Thomas a colocou sobre o ombro como um saco de batatas e com a outra mão pegou a motosserra já desligada e então começou a andar de volta para seu lar com muitas dúvidas rondando sua mente.

Am I His Prey?Onde histórias criam vida. Descubra agora