"Caraxes...", ecoava na mente de Daemon. Logo depois de ser engolido por aquele monstruoso muro feito de vento e água condimentada em uma penumbra aterrorizante. Sons de algo quebrando-se, homens gritando por suas vidas e depois o silencio das profundezas. Seus olhos encarando algo acima de sua cabeça, com destroços que eram levados naquela fúria. Mysaria afundando junto com o mesmo, desacordada, e sua mão tentando alcançar a superfície que ficava mais e mais distante. Enquanto era engolido pela escuridão daquela imensidão junto com todos, e suas vistas apagarem sendo levado mais e mais para o interior.
O som de ondas quebrando o fez despertar, jogando para fora dos pulmões às águas salinas. Suas pálpebras era um peso maior que pedras com os feixes de luz solar incomodando-as. Seu corpo encontrava-se dolorido e fatigante do acontecido. Respirar era difícil e ardia. Tentou abrir seus olhos e tudo encontrava-se embaçado e turvo. Porém, seus ouvidos se atentaram para rugidos acima da sua cabeça.
Quando suas pálpebras se fecharam por alguns minutos e abriram novamente o que demorou uma eternidade, vislumbrou uma silhueta magra de pé alguns centímetros de seu rosto e ao longe duas coisas imensas mexendo-se de um modo violento ao soltar grunhidos altos. Parecia vestir algo de couro negro que ia das luvas as botas. Com uma corrente de formato de cabeça de dragões que transcorria seu corpo esbelto. Em cada lado de sua cintura havia uma espada, de cabo com pontas diferentes por assim dizer.
—Princesa Laienys, não chegue perto desse desconhecido! —Pronunciou um homem de armadura pesada ao chegar perto, trazendo um brasão de três dragões no peitoral. —É perigoso!
—Sor Marl, não há perigo algum... Pelo os olhos dele e o cabelo, deve ser um primo distante de minha família!
—Mas princesa, seu pai, o rei não irá gostar nada de saber que viermos sozinhos num grupo pequeno! —Advertiu-a com sua mão no cabo da espada, em alerta para qualquer coisa.
—Não viemos sozinhos. Estou eu e meus dragões aqui, não há nada o que temer! —Disse imponente. —Avise aos homens para mandarem uma mensagem ao reino, precisamos de muito mais tropas para retirar os feridos.
—Princesa...
—Sor Marl, não vá contra minhas ordens. Faça o que eu digo! —Vociferou séria como num rugido.
—Tudo bem, minha princesa! —Curvou-se em respeito e saiu junto para a pequena tropa distante com sua proteção de metal tilintando.
Daemon ainda tentava entender o que acontecia ali, quando seus olhos conseguiram endireitar o que via. Notou um rosto angelical, doce que ao mesmo tempo era sério e rebelde. Seus olhos num tom âmbar dourado, chamou sua atenção com seus cabelos loiros brancos e sobrancelhas grossas no mesmo tom, porém bem desenhadas.
—Ele está vivo... —Sussurrou a moça ao encará-lo.
—Onde estou? —Tossiu ao sentir dor pela garganta com gosto de água do mar. E esfregar a mão no chão arenoso se apoiando para ergue-se, sendo em vão.
—Está em Soretsey, o reino de meu pai! —Respondeu ao se agachar. —Da onde és?
—Sou da cidade de Porto real! —Conseguiu pronunciar sem forças de se levantar. Enquanto a moça colocou as pontas dos dedos enluvadas sobre o queixo pensativa. Ele respirou longamente e perguntou. —Onde fica esse lugar?
—São terras perdidas além Westeros! —Sorriu para Daemon que acabou apagando de vez de face a areia molhada.
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Targaryen: Terras perdidas além Westeros [Em revisão]
FanfictionTudo tem um porque ou significado. Sejam eles ditados por nós humanos ou pelos nossos deuses antigos e novos. Algo antigo morre para o novo existir, mas se esse novo for algo perdido ou não descoberto pelos aventureiros?! Só nossos deus antigos e no...