Capítulo 5

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A pequenina balançava entre as folhas, dançava entre os segundos e se divertia com os sons alheios que faziam na rua. Ela era muito intensa e muito mais complexa, que qualquer uma de sua idade, ela me fazia questionar quem de fato era, e por qual motivo ainda não procuravam ela, ela era inteira, perfeita, e eu jurava que se fosse minha filha eu aprenderia mais com ela todos os benditos dias, ela tinha essa brilho de que eu sentia falta, ela tinha esse olhar de quem de fato queria e amava viver, e bem, eu a invejava de fato. O sorriso banguela me mostrava luzes que explodiam dentro dela, ela era de fato uma estrela andando entre as pessoas, e isso me fazia muito duvidar novamente, por qual maldito motivo ainda não procuravam a criança?

E por qual motivo, ela não parecia nem um pouco sentir falta de casa ?

Ela ficava em silêncio depois ria, como se tudo que acontecesse ao redor, fosse novo e esplêndido, e não importava que o vento soprasse de cinco em cinco minutos, ela iria amar, como se fosse a primeira vez. Ela fazia de tudo para colorir um mundo, que talvez não fosse tão espetacular. Ela pegava as tintas pretas do medo, e usava para contornar as coisas bonitas, mas não importa, pois o medo, nunca jamais deveria ser o sentimento final. É o ínicio não é?

Seria de fato irônico, enxergamos branco e embaçado inicialmente quando nascemos, tons brancos, que podem ser paz, mas temos medo, e inseguranças, e na morte, que deveria ser paz, vemos negro de puramente ceguez.

A vida é muito engraçada mesmo.

Mas ao mesmo tempo, um circo de horrores.

E eu esperava que aquela criança fofa, não passasse por todo o caos.

Mas o que é o caos de fato?

Qual o Tom do Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora