Capítulo 7

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Eu sei que de fato mudei um pouco a perspectiva da história, mas acabei prestando atenção mais no que se passava na minha cabeça do que no que a menininha fazia em seu tempo em silêncio, apesar de ainda ela me fazer pensar mesmo que tivéssemos voltado ao banco da praça não há muito tempo, ela ficava em silêncio e escrevia em letras de formas nas páginas de um caderninho, e do nosso lado havia uma versão de pequeno príncipe, peguei um dos cadernos que compramos e comecei a escrever um pouco também

A rosa é uma planta complicada

Me falaram que era egocêntrica

Mal amada

Mas a rosa,

Apenas talvez

Quisesse ser amada

O amor não é para todos

-Principalmente quando não se sabe o que ele é

Eu li e reli, e começou a me dar outras e diversas inspirações

Eu lhe esperei

Pois me disseste que viria as duas

E acabou que nunca veio

-Onde ele se meteu?

~Talvez o amor não é algo que se deva esperar~


Atos inocentes

Fizeram de mim algo indecente

-Não deveria ser assim-


Eu nunca vivi o amor

Pois de fato

Eu nunca soube como ele era

-Qual o tom do amor?


Meu leito de morte

Foi quando me puxou para o canto

E disse que eu era bonita

E no fim me forçou um beijo na lanchonete

Dizendo que meu beijo era o melhor

-Mas eu tinha acabado de ser assediada, você não podia só me abraçar porra?


Eu me senti tantas vezes gorda

Mas não por quilos

Eu estava acumulando xingamentos feitos sobre mim

-E tentava vomitar todos eles naquela privada

Qual o Tom do Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora