Adora até então somente observava a cena, calada. Qualquer um que a visse de longe notaria que estava paralisada olhando na direção de ambos que se falavam euforicamente. Poderiam interpretar como ciúmes do noivo com a terceira presença ali, todavia...
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Catra estava apreensiva. Adora havia incentivado a ideia de visitarem a senhora Weaver no sanatório Mystacor. E levariam as suas gêmeas junto, como havia dito para a filha mais jovem, uma vez que a menor realmente se empenhava em melhorar, dando uma chance. Precisava mesmo superar aquele trauma que, talvez para Catra, fosse a última ponta mal arrematada de um longo bordado de luxo que era sua vida...
Após passarem a recepção e serem guiadas por um dos funcionários - que se surpreendeu com o fato de Sharon, ou Sombria, como a apelidaram ali no hospital por sua atmosfera sinistra, estar recebendo em anos, uma visita - até uma grande estufa. O lugar, visto somente por aquela parte, poderia se dizer que era mais como um retiro hippie de recuperação espiritual do que um hospital psiquiátrico.
- Então, senhoras. Aqui é onde ela gosta de ficar. Podem ficar à vontade. Se precisarem de algo, só chamar.
- Obrigada. - Adora sorriu gentilmente, segurando na mão da esposa como forma de conter sua ansiedade, mostrando que não estava sozinha - Hey, vai dar tudo certo.
- Espero. - Engolindo em seco, adentraram o local que mais parecia uma floresta tamanha quantidade de plantas. O cheiro era muito agradável por conta das flores e, sem dúvidas, Catherine poderia ver algo similar com a mãe ali, ao ver as margaridas florescerem.
Andaram por mais algum tempo até, finalmente, notarem uma mulher de roupas longas e em tons sóbrios de púrpura seguindo um dos padrões do uniforme hospitalar. Os longos e ondulados cabelos negros quase arrastavam no chão e as mãos enrugadas sujas de terra estavam devido a cultura que fazia no vaso de barro. A passos lentos, se aproximavam da mulher, que não deu atenção de imediato. Até ouvir o ecoar do salto mais próximo, reparando então, de prontidão a responsável por eles.
- Catherine? - O som saía como uma dúvida se o que via era real de fato - Eu morri...?
- Não, mamãe. Eu estou mesmo aqui. - Incerta, abaixou-se ainda mais - Eu vim... Viemos, fazer uma visita. Já faz bastante tempo desde a última vez.
- Achei que morreria sem te ver novamente, minha menininha levada... - Sem demora, a mais velha já de pé limpava suas mãos no pano acima da mesa de madeira no lugar claro e envidraçado - Ainda mais depois da última vez, eu fui muito severa com você...
- Sim, você foi. - Não podia negar o medo que estava sentindo de, repentinamente, a mulher com crises de histeria começasse a lhe atacar como da última vez em que estiveram juntas.
