Adora até então somente observava a cena, calada. Qualquer um que a visse de longe notaria que estava paralisada olhando na direção de ambos que se falavam euforicamente. Poderiam interpretar como ciúmes do noivo com a terceira presença ali, todavia...
Acho que essa fic é e sempre será minha obra mais amada e acolhida com tanto carinho, pois é muito adorável e de um corforto enorme. Ótima para quem queria um coração quentinho.
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O casal de mulheres na meia idade se encaravam de forma um tanto caótica e divertida. Era inverno do ano de 1986 quando a notícia estrondosa dita pela filha mais velha de Catra e Adora, Melanie, que agora era formada na área de Ciências Biológicas, na função de bióloga forense - bem como sua esposa, que havia se tornado botânica -, em pleno aniversário de 51 anos da mãe loira, impactando todos.
- Há quanto tempo está grávida, meu amor? - Catherine sorria largamente com a notícia, os olhos exibindo as rugas devido ao tempo em sua pele, que apesar de muito bem cuidada, por fatores biológicos, já exibia sinais dos anos dourados que passaram.
- Estou no segundo mês... - Devolvia com entusiasmo, tocando a própria barriga junto à mão da esposa - Eu e Flora não queríamos nos precipitar em dizer logo de imediato. Os métodos de inseminaçao artificial evoluíram muito, entretanto, havia algumas chances de aborto nas primeiras tentativas e ainda sim...
- Ela foi de primeira! - A garota sardenta se adiantou, empolgada com o fato.
- EU NÃO ACREDITO, EU SEREI AVÓ! - Scorpia chorava em emoção, enormes cachoeiras salgadas, causando uma crise de risos em todos presentes, inclusive na própria esposa, que como sempre, amparava a mulher um tanto musculosa com muita paciência. Certas coisas nunca mudavam.
- É, fertilidade é uma qualidade herdada da Adora. - A voz sarcástica da morena incitava a loira a uma brincadeira interna, remetendo aos velhos tempos em que Kyle soubera de sua façanha de mãe de primeira viagem de múltiplos bebês.
- Felizmente, meu amor. - Sorriu, beijando a bochecha bronzeada da mulher de cabelos curtos com alguns poucos fios já perdendo sua cor.
- Mal posso esperar para ter meus netinhos correndo pela casa e tendo que dizer "crianças, não vão na ideia da sua avó Scorpia! Ela é uma criança também!" - Perfuma dessa vez era quem implicava com a parceira, se desculpando ao vê-la esboçar os olhos pretos e brilhantes de filhotinhos fingindo tristeza.
- Mal posso esperar para tocar piano para essa criança... Você amava me ouvir tocar, Mel...
- Sim, e ainda amo... A senhora é incrível. Sei que meu bebê vai te amar muito... Todas vocês, na verdade.
