Adora até então somente observava a cena, calada. Qualquer um que a visse de longe notaria que estava paralisada olhando na direção de ambos que se falavam euforicamente. Poderiam interpretar como ciúmes do noivo com a terceira presença ali, todavia...
Não tenho sido tão frequente aqui no Wattpad, mas, aproveitando que recuperei minha conta, estou postando as fanfics minhas que estão disponíveis em outros sites também aqui. Espero que gostem.
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Adora estava petrificada, paralisada, travada.
O motivo? O pedido de seu até então namorado Kyle em casamento, ali, tão repentinamente naquele almoço em família em pleno um domingo quente de julho no ano de 1959.
Estava comendo sua sobremesa favorita, sorvete de morango, disposto adequadamente dentro da taça bem esculpida, em uma quantidade considerada correta para uma jovem de sua idade. Afinal, Adora apesar de lindíssima, tinha uma pré-disposição para ganhar peso e, como sempre ouviu de todo mundo, mulheres fora de forma não desencalhavam. E ela precisava arranjar um marido bom, bonito, decente e que tivesse um emprego generoso, assim, criariam uma família belíssima e saudável. Logo, precisava se manter em boa saúde para tal feito... Era o que todos diziam.
E, com aquele comunicado, a loira de 24 anos largou, brevemente o recipiente agradavelmente gelado na mesa com a toalha xadrez em vermelho e branco, desviando os grandes e redondos olhos azuis para o redor, já que estavam no quintal de seus sogros. Mirava todos aqueles rostos apreensivos por sua resposta, já quase a intimando a aceitar com sorrisos tão largos. Era a jovem mais linda do bairro Bright Moon, segundo os próprios moradores. Desde o primário, era muito bem elogiada por todos que a conheciam, sempre fazendo o trocadilho com seu nome e sua personalidade amável, bem como sua aparência adorável. Adora era simplesmente adorável; a pele pálida com tom rosado nas bochechas, os lábios delicados sempre em um tom de vermelho mais suave, os olhos oceânicos inocentes, os cabelos sedosos e de um loiro dourado único, a face levemente arredondada ainda sim fina, exibia traços gentis e o conjunto era digno de uma pintura. Alta e relativamente magra - pois, não poderia também ser somente pele e osso, segundo os padrões de beleza - com a cintura fina marcada pela moda de sua época, a qual preferia seguir o mais comportado e com tons claros e primaveris e que, mesmo fluídos e esvoaçantes, não retiravam as lindas curvas da sua estatura. Era também apta em várias tarefas domésticas, sendo excelente cozinheira, costureira e dona de casa, fora o talento para a música que havia adquirido facilmente nas atividades da igreja. Com tantos favorecimentos, era natural que toda a família de Kyle Jones a quisesse muito como sua integrante.
Ah, sim. Também a conheciam e eram amigos próximos desde criança. Os Grayskulls e os Jones eram vizinhos próximos desde que os primeiros citados foram morar no local. Imediatamente, os Jones já viram na pequena bebê loira nos braços de Mara Grayskull uma oportunidade de esposa para o filho, também recém nascido, no carrinho de bebê ao lado da mulher sorridente e receptiva a Mara. Era assim a vida naquele tempo, planos construídos a partir de momentos breves e já orquestrados pelos seus pais. E desde então, Adora sempre ouvia que Kyle era seu namoradinho... Que Kyle seria seu marido... Ou o contrário. Era uma brincadeira inocente que todos faziam com o casal de amigos...
