Armas, possibilidades e o calor do seu corpo

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– Preciso dar um jeito de colocar esse arquivo no tablet do secretário Jung.

Yunho e San estavam na biblioteca do palácio, lugar que havia se tornado o ponto de encontro dos infiltrados. Praticamente todas as vezes que se viam era no horário de banho do príncipe, por ser um dos únicos momentos que ele permanecia sozinho. O loiro apontava para o programa salvo em seu celular, que provavelmente era um vírus capaz de dar acesso à todas as informações contidas no aparelho eletrônico que invadisse. O Choi pensou por alguns segundos, os olhos oscilando entre Yunho e o tablet.

– Eu posso fazer isso. – Se prontificou. – Mande pra mim.

– Tem certeza?

Ele não podia confiar tão cegamente num garoto que havia passado tempo demais entre os inimigos e não descobriu nada, mas era sua melhor opção. O secretário apenas assentiu, e com alguns cliques na tela, tinha o arquivo em sua posse. Automaticamente, Jongho pôde revistar aquele tablet com rapidez, se certificando que San estava compartilhando tudo o que sabia a respeito da realeza.

Uma semana. Já fazia uma semana desde que Yunho se viu preso dentro das muralhas do castelo, tentando completar sua missão das mais variadas formas. Se seu trabalho ali fosse apenas matar o príncipe, não demoraria mais que um dia, mas desenvolver papel de espião e tentar roubar informações que pareciam ter sido escondidas por efeito de mágica estava se mostrando difícil demais para o rapaz.

Song Mingi não confiava em ninguém, nem mesmo em seu melhor amigo, como mostrado pela revista que Jongho havia conseguido fazer em seus documentos depois que San conseguiu infiltrar seu aparelho eletrônico. Não havia nada ali que pudesse revelar o que o príncipe sabia sobre o governo e o que pretendia com isso, apenas projetos de construção de casas de apoio que só torrariam o dinheiro destinado à conta de Kim Honjoong.

San estava ao seu lado nesse momento, esperando do lado de fora do banheiro de um edifício empresarial que Mingi precisava visitar, e quando o guarda fajuto o olhou de relance, percebeu uma pequena marca em seu pescoço. O Jeong era extremamente focado em seu trabalho, mas também era homem e precisava se divertir, então sabia muito bem o que significava aquele chupão em sua pele.

– Como conseguiu acesso ao tablet do Jung? – Disse, a voz controlada por saber que eles poderiam ouvi-los.

San ergueu o olhar e soube no mesmo instante onde o outro encarava. Ele levou uma das mãos até o local, o escondendo e passando a ficar de bochechas vermelhas.

– Sexo é a arma mais forte que uma pessoa pode ter, Yunho. Deveria saber disso. – Respondeu, adquirindo uma feição fria. – Já tá na hora de investir nessa tática. Eu vejo como ele olha pra você.

O Jeong não teve tempo de responder, e nem iria, se tivesse. Não sabia como rebater aquela afirmação e passou a considerá-la a partir daquele momento. O príncipe acabara de sair do banheiro, a blusa de seda branca amarrotada, enquanto o secretário parecia ocupado demais digitando alguma coisa no aparelho.

– O que aconteceu com seu tablet, San? – A voz potente do príncipe se fez presente, e ele direcionava o olhar para o eletrônico nas mãos do outro secretário. Mingi somente havia percebido a rachadura na tela por ser muito observador, já que não poderia ser vista tão facilmente.

– Eu me descuidei, Alteza, me desculpe.

O espião, pronto para reverter a atenção do membro da realeza para outra coisa que não fosse o motivo do Choi ter subitamente derrubado o aparelho após dois anos intacto, deu passos decididos até estar em frente ao herdeiro e tomou liberdade para pegar a barra da camisa do garoto, tentando a desamassar com puxões leves.

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