AVISO: O capítulo contém menção a suicídio e tortura.
O hospital onde estavam ainda estava longe de abrir para funcionamento, sem nenhuma pessoa capacitada a cuidar dos ferimentos de Yunho, que foi levado até a emergência no centro da nação. Ele não corria risco de vida, mas ainda sangrava bastante e precisava dar um jeito nisso. Nem mesmo sabia o que haviam feito com o corpo do cara, se a polícia havia aparecido ou se Park Seonghwa havia cuidado de tudo. Não se importava. Só precisava saber se Mingi estava bem e seguro.
As enfermeiras tentaram fazer que ele tirasse todos os acessórios que utilizava, mas não podia perder o contato com Jongho pela escuta eletrônica em seu ouvido, por mais que não conseguisse escutá-lo há um bom tempo. O aparelho ainda chiava baixinho, e ele se via perdido sem as instruções do amigo. Nesse momento, grunhia frustrado novamente ao se irritar tanto com a falta de comunicação, quanto pela dor que sentia ao que a mulher costurava seu ombro.
– Pode fazer isso mais rápido? – Pediu, impaciente, virando o pescoço na intenção de verificar se já estava acabando.
– Preciso que fique parado, Golden.
Aquela palavra fez seu corpo paralisar por um segundo, um arrepio descendo por sua espinha. A médica também era cúmplice na missão.
Yunho investigou a sala onde estavam em busca de algum outro indivíduo que podia ouvir a conversa, confirmando que estavam sozinhos antes de continuar a falar.
– Trabalha pro Seonghwa?
A mulher sorriu, quase debochando da situação, ainda concentrada em sua tarefa.
– Temo que não possa responder às suas perguntas. – Disse, numa voz elegante.
O loiro agarrou um de seus pulsos, trazendo sua atenção para seu rosto. Ela retesou por um momento.
– Você pode, sim. – Ameaçou, apertando o braço fino entre os dedos, a amedrontando com o olhar. A mulher continuou inabalada, e quando o Jeong pensou estar em vantagem, sentiu uma dor insuportável em seu ferimento.
– Não está em posição de me ameaçar. – Disse, baixo. Tinha espetado o homem com o bisturi que segurava.
Yunho sentiu raiva, quis derrubá-la na cerâmica branca e retribuir o que havia feito consigo, mas precisava acabar logo com isso para voltar até Mingi o mais rápido possível. Engoliu a saliva junto com sua irritação, encarando a mulher com fogo em suas pupilas.
Alguns minutos depois, portava um curativo no local afetado, e teve certa dificuldade para vestir a blusa branca de botões novamente, acabando por deixá-la pendurada em metade de seu corpo. A mulher não se importou em ajudá-lo, saindo assim que terminou seu trabalho. Agora, ele usava uma tipoia para impedir movimentos bruscos e carregava o paletó no antebraço, andando apressado pelos corredores do hospital para chegar à entrada e pedir um táxi direto para o palácio.
Dentro do carro, tentou falar com Jongho várias vezes por meio do celular, mas o rapaz não atendia. Teve que respirar fundo para não atirar o aparelho pela janela em frustração, recebendo um olhar torto do motorista ao que desferiu um soco na parte de trás do banco do passageiro, tentando esvair sua raiva. Agradeceu por ele não ter reclamado ou o expulsado do veículo, e pelo resto do caminho, permaneceu comportado.
Pagou pela corrida bem mais do que deveria, deixando várias notas altas na mão do taxista antes de começar a praticamente correr para dentro do castelo. Acenou para os guardas com a cabeça, se sentindo envergonhado por estar praticamente sem camisa à sua frente. Quase passou direto pela cozinha se não tivesse visto uma movimentação por lá, voltando para confirmar que era San quem se encontrava em frente à chaleira, esperando que apitasse.
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HELPLESS
FanfictionYunho é um assassino de aluguel contratado pra matar Song Mingi, o príncipe carismático, amoroso e inteligente que está tornando os dias dos governantes corruptos da nação de Atheea cada dia mais difíceis. O Jeong é extremamente profissional em seu...