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𝐆𝐈𝐔𝐋𝐈𝐀 𝐂𝐀𝐁𝐔𝐋𝐀𝐎
Ao tentar abrir os meus olhos, sinto-os arderem com a claridade e uma forte dor de cabeça, mesmo assim não desisto e os abro de uma vez.
Senti-me ficar um pouco zonza, mas nada que fosse muito preocupante.
Olhei em volta percebendo que eu estava em um quarto de hospital, julgando por como era todo especializado no branco, mas não foi isso o que me prendeu a atenção.
Entrando no quarto, estavam a minha irmã e aquele garotinho que eu havia puxado para mim, impedindo que fosse atropelado e ao me ver acordada ele correu em minha direção.
Me surpreendi ao vê-lo subir na cama e sentar no meu colo.
⸻ Senhorita Cabulão, você está bem agora? ⸻ me perguntou parecendo preocupado.
Eu estava um pouco confusa. Ainda queria saber como ele tinha conhecimento do meu nome.
Será que já havia saído alguma notícia sobre a minha chegada na Itália?
Achei que eu não era famosa o bastante para isso ainda.
⸻ Estou sim.
Quando o vi sorrir em minha direção, não me arrependi de ter lhe respondido.
⸻ E-eu poderia te abraçar? ⸻ perguntou um pouco incerto.
Eu não era uma pessoa muito acostumada com demonstrações de carinho ou coisa parecida, mas eu senti que eu não poderia recusar e que eu precisava daquilo também.
Assenti com a cabeça.
Como um flash senti-me ser abraçada por aquela pequena criaturinha.
Olhando para a minha irmã notei que ela sorria em minha direção. Ela sabia o quanto eu gostava de crianças, provavelmente estaria até a pensar que eu queria o abraçar mais forte e talvez eu quisesse. Por isto que, não tendo muito controle sobre mim mesma o puxei mais para mim e o abracei um pouco forte, mas não tanto, para não o machucar.
⸻ Obrigada por ter me salvado.
Eu queria dizer a ele que não precisava me agradecer, mas tudo o que eu consegui dizer foi: ⸻ Não precisa agradecer, pequeno.
Soltei-o gentilmente, mas ele não havia feito o mesmo. Muito pelo contrário. Se ajeitou em meu colo colocando sua cabeça em meu ombro e suas mãos que antes estavam pelos meus ombros, foram para minha cintura.
