Ps - Lisa

752 59 7
                                    

Espalmo a mão em seu peito, sentindo a boca capturar a minha de uma forma descomunal. Sinto minhas pernas fraquejarem, e se não fosse pelas mãos enormes segurando minha cintura, eu já estaria jogada no chão.

A língua se entrelaçando com a minha, em um entra e sai violento, como se nossas bocas puxasse um para o outro, mais e mais.

- Droga! - Ele grunhi e solto a respiração, o olhando se desvencilhar rapidamente.

Há meu Deus! Há meu Deus!

Passo os dedos, ainda trêmulos, pelos meus lábios. A sensação da sua boca sobre a minha ainda queima.

- Me desculpe... - Ele me encara com a mão estendida. - Me desculpe. Por favor... Eu...

Engulo em seco, sem conseguir falar absolutamente nada.

- Me desculpe... Por favor...

E sai. Sai. Me deixando ali, sozinha.

O QUE MERDA ACONTECEU!?

FOGO NO PARQUINHO!

Passo as mãos pelos cabelos, suspirando. Ainda posso sentir o gosto da boca, o desespero dos sentimentos.

Droga.

O homem é casado. Meu Deus. O homem é casado.

Balanço a cabeça rapidamente, soltando o ar devagar.

- Que inferno! Inferno! - Exclamo, olhando para minha roupa.

Minha blusa ainda está ensopada.

Só a blusa, minha filha!?

- Lalisa? - A voz de Katy me pega de surpresa.

Me viro, olhando-a.

- O-oi. - Respondo enquanto tento arrumar a bagunça que está o meu cabelo.

- O que houve? - Pergunta e estalo a língua.

Uma catástrofe.

Só de lembrar do toque das mãos dele na minha pele, acende um fogo incontrolável em mim.

- Derramou um pouco de capuccino na minha roupa, e me queimei um pouco.

- Meu Deus! Você está bem?

Nego, olhando-a.

Mas no fundo, não estou me referindo a pele arde por causa da queimadura. Mas internamente. Katy me leva a enfermaria, onde passaram uma pomada e fizeram um curativo.

- Acho que vai ficar um pouco pequena... Já que você tem mais busto do que eu. - Ela estende uma blusa branca, que deixa meu sutiã bem aparente.

- Obrigada. - Digo rapidamente.

- Jeon estava bem? Ellie me disse que ele passou como um furacão...

- Não... - Falo, tentando esconder a surpresa. - Não sei dizer...Quer dizer, eu o vi rapidamente.

- Se você não estiver bem, eu aviso para ele e você tira o dia de folga.

Assinto e me sento na minha cadeira.

- Eu estou bem, Katy. Obrigada.

Eu nunca fui de fugir e não vai ser agora que vou começar.

Ainda estou absorvendo os acontecimentos. Os olhos azuis cravados nos meus e aquelas mãos em mim...

Estou com raiva, mas ao mesmo tempo confusa. Com raiva, por ter me deixado levar pelo meu corpo e confusa, por que nunca deixei isso acontecer.

Desejo proibido (Liskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora