Ps - Jeon

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Arfo em baixo do chuveiro, deixando a água morna escorrer pelo meu corpo, passo as mãos pelos cabelos, abrindo os olhos devagar, vendo IU parada de braços cruzados na soleira da porta.

Está em silêncio, me olhando atenta, como se uma atitude em falso, fosse faze-la perceber o que eu tinha feito a pouco tempo atrás.

Transou feito louco com a secretária?

E foi uma loucura deliciosa.

Uma sensação indescritível de prazer, pecado e desejo se apossam do meu corpo ao sentir o dela. Lalisa rouba o meu juízo.

Eu adorava o jeito que ela faz isso.

- Posso fazer companhia para você?

Franzo o cenho, vendo-a descer as alças da camisola e entrar no box, antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

O silêncio se torna constrangedor quando ela se aproxima, pegando o frasco de sabonete e colocando o líquido em suas mãos.

- IU... - A fito espalmar a mão em meu peito, espalhando devagar.

- Você está ficando mais forte. - Sorri, descendo a mão pelo meu abdômen. - Mais do que já era...

As mãos descem e a seguro, olhando-a.

Os olhos claros me encaram e nego veemente.

- Não.

Iu me fita, enquanto desligo o chuveiro e pego o roupão, vestindo-o rapidamente. Ela continua me olhando, sem falar absolutamente nada.

Passo as mãos pelos cabelos, vendo-a sair do box, pegar a toalha e se enrolar.

- Jeon... O que foi? Não me quer mais?

Não ficou claro, minha filha?

- Estou cansado, IU. Eu quero dormir. - Entro no closet, pego uma boxer, vestindo-a rapidamente.

- Está cansado de mim? É isso? - Ela sussurra, me abraçando por trás. - Meu amor...

Eu quero acabar com essa situação. Encerrar de vez tudo.

Encerra logo. Tudo.

- Jeon... Meu amor... - Suspira, me virando e segura em meu rosto. -Vamos tentar de novo... Por favor...

- Tentar o que, Iu? - Pergunto baixo. - Não vê que não tem mais nada? Que não somos mais nada?

Ela nega veemente.

- Não...

- Não tem mais nada, IU! Nada...

- Não acabou! Não...

A gente sente quando tudo acaba. E meu Deus, eu estou exausto com tudo isso.

- Vamos ter outro bebê... Eu te dou o filho que você sempre quis.Eu faço... Eu juro... Eu...

Fico uns segundos observando-a.

- Um bebê não vai concertar isso aqui, Iu! - Grito.

E não vai mesmo.

Não dá para concertar, o que não tem mais concerto.

- Eu sei que ainda estamos abalados com a morte de Ben. Mas nada melhor que salvar nosso casamento com um filho, um fruto do nosso amor. - Ela diz me olhando e percebo a voz embargar.

Desejo proibido (Liskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora