Ps - Jeon

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Fito-a sentada na enorme banheira cheia de espuma, os cabelos presos em um coque frouxo, com alguns fios caindo sobre o rosto.

Observo as sardas nos seus ombros e costas.

Linda.

Ela se vira e sorrio, erguendo a garrafa de vinho e duas taças.

Lalisa sorri e me aproximo, só de toalha. Coloco a garrafa na borda da banheira e ela continua me encarando.

Tiro a toalha sob seu olhar e entro, a água morna e deliciosa é o suficiente para me relaxar. Mesmo a banheira tendo espaço suficiente para nós dois, puxo ela para perto de mim, enroscando nossas pernas e
Lalisa deita em meu peito.

Faço uma concha com as mãos, pegando água e espuma, molho os braços e os seios alvos, descendo pela barriga lisa.

O cômodo em silêncio, apenas o barulho da água se movendo. Beijo as sardas que salpicam seu ombro.

Ela é linda. Quente. Macia.

Lalisa pega o vinho, enche as taças, me entrega uma e segura outra, dá um gole e faço o mesmo.

- Está ficando tarde. - Diz baixo, olhando o líquido dançar na taça.

- O que tem? - Indago, sorvendo mais um gole da bebida.

Ela me olha por cima do ombro e mordo o lábio.

- Você se importa? - Pergunto e ela nega.

- Quem tem que se importar, é você.

Volta a beber devagar e balanço a cabeça, vendo-a beber o vinho de uma única vez. Deposito a taça e passo as mãos pelos cabelos.

Desliguei o celular, e não vou liga-lo essa noite.

Lalisa me viu sem aliança, apenas olhou por alguns segundos e depois desviou o olhar. Não sei se temeu perguntar o motivo, mas no fundo ela sabe.

Sabe que vou me separar.

Vou pedir o divórcio.

Vou ser livre.

- Para quais lugares já viajou? - Pergunto, passeando os dedos por seu braço.

Ela encosta a cabeça em meu peito e abraço suas pernas com as minhas.

- A primeira vez que viajei foi para cá. Não era muito de viagens... E você?

- Conheço alguns países. - Sussurro. - Eu gosto de viajar. Às vezes.

- Viajado. - Ri baixo e a aperto em meus braços. - Quando eu era pequena, também queria conhecer alguns países...

Ela para, engolindo em seco.

- Meu... Meu pai trabalhava viajando. - Diz baixo e balança a cabeça lentamente. - Sempre viajou o mundo.

- Foi difícil para você, quando ele saiu de casa?

Molho seus ombros e fico olhando as gotículas de água descer por sua pele.

- Mesmo viajando muito, ele tentava ser presente, e conseguia. Eu senti muito, mas a doença da minha mãe veio com tudo e eu tinha uma irmã pequena para cuidar. - Se deita em meu peito e continuo molhando-a.

- Você odeia muito seu pai, não é? - Indago depois de um longo tempo em silêncio.

Ela se mexe e coloco o queixo no topo de sua cabeça.

Desejo proibido (Liskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora