Story Of Another Us - 2 [au]

um: e aqui nós estamos de novo

[se você chegou aqui aleatoriamente, leia Story Of Another Us primeiro para entender o enrredo completo!
e, aqui tem fortes inspirações de “The End Of The Fucking World” (série) e “I am Not Okay With This” (série)
é isso, boa leitura <3]

“Play the scene over again
Before the credits rolling in
Inside my head”
Story Of Another Us, 5 Seconds of Summer

ashton point of the view:

Às vezes, gostava de simplesmente parar por algum tempo e apenas deitar sobre algum local qualquer e ficar observando as coisas… O que fazia minha cabeça se sentir leve e livre de coisas ruins que sempre estão acontecendo em minha vida. Me sentia como um nada, o que sempre desejei ser. Vazio, vazio e mais vazio.

Minha vida era um tanto quanto terrível. Meus pais se divorciaram quando eu havia dez anos, o motivo era que minha mãe não aguentava os surtos de meu pai — dos quais nunca vi e não entendia porque minha mãe sempre deu tanta ênfase —, então, meu pai desapareceu do mapa, apenas me manda cartões idiotas de aniversário e minha mãe se casou de novo com um idiota chamado Bryan e eles tem um lindo casal de gêmeos e eu sou o incomodo no meio dessa família perfeita. Eu culpo minha mãe por isso.

E um dos meus maiores segredos é que, às vezes, coisas estranhas acontecem comigo. Eu estouro, literalmente. Parece loucura, ou coisa de cinema, mas… Eu levito coisas, estouro coisas e causei tremores. O que começou a acontecer desde que completei meus dezoito anos. É muito recente.

calum point of view:

Irei completar dezoito anos daqui aproximadamente alguns meses e durante esse tempo de minha vida, tenho quase a grande certeza de que tem algo errado em mim. Desde meus seis anos, notei que não havia quase nenhum senso de humor — ou as piadas de meu pai eram terríveis —, nunca consegui sentir algo realmente seja amor, felicidade, empatia…

Sempre foi um vazio desde que me conheço por gente. Acho que isso sempre me incomodou, então, em um certo dia… Querendo ter a sensação de sentir algo, seja o mínimo que for, coloquei uma de minhas mãos em uma panela de óleo quente, mas em falsas expectativas, não senti absolutamente nada.

Quando completei meus treze anos, estava andando pela rua quando encontrei um gato, de pelagem branca, até que bastante bonito. Era de uma vizinha qualquer que havia nessa vizinhança. Consegui ganhar a confiança deste gato e o levei para a floresta. Eu matei o gato, não senti o mínimo de pena, ou de tristeza.

Depois deste dia, senti algo… Bom. E então, mais e mais animais matei, desde os meus treze até meus dezessete. Me lembro de cada um dos pequenos animais dos quais morreram por minhas mãos. Isso me faz pensar que talvez há algo diferente em mim.

Isso já estava me entediando… Não queria mais matar animais. Queria matar algo bem maior que um simples gato ou um coelho, queria matar um humano.

E a escola, era um bom local para observar pessoas e saber sobre pessoas, como elas são, como elas agem, suas forças e fraquezas… Isso era a única coisa que me interessava.

  ashton’s point of the view:

Aqui estava eu. Em uma mesa de refeitório, com os caras que chamo de amigos.

Estava calado em um canto apenas escutando eles falarem de corpos de garotas e de como eles foderam elas na cama. O que me causava enjoo.

“E aí, Ashton? Como foi o seu final de semana?” perguntou Elliot, o típico garoto moreno de olhos verdes que é o líder do time de futebol da escola, com seus músculos incrivelmente impressionantes.