Story Of Another Us - 2 [au]

vinte e dois: regressão de vidas

“I had this anxious feeling
But it goes away for a minute when I'm with you, breathing”
Cry Baby, The Neighborhood

ashton point of view:

semana do baile de inverno 

“Ash, você tem total certeza de que quer isso, né?” Luke me pergunta pela milésima vez, pois Emma já estava a caminho de casa.

“Sim, Luke, talvez seja interessante.”

Ele parecia bastante apreensivo, não entendia muito bem o porquê. Talvez ele apenas estava preocupado mas… Tinha algo por trás. Sabe quando parece que estão escondendo algo de você…? Acabei por sentir isso agora.

“Tudo bem. Apenas quero que você fique bem.” sorriu fraco.

Apenas sorri de volta e não me prolonguei no assunto, não queria discutir e causar desastres.

Emma não demorou para chegar, o que me deixou menos ansioso do que antes.

Ela abraçou Luke e eles conversaram por algum tempo, então, depois ela virou sua atenção para mim. Ela parecia visivelmente surpresa ao me ver.

“Oi, Ashton.”

“Oi.”

“Então, Luke me disse que você quer fazer uma regressão de vidas passadas, né?”

“Sim.” 

“Tem total certeza disso? É bastante delicado.”

“Sim, eu tenho. Total certeza.” eu estava impaciente com essa pergunta.

“Então vamos começar logo, pois é algo demorado.”

Apenas assenti e esperei ela dizer o que eu deveria fazer. Era algo tão estranho e incomum para mim tudo isso, mas, eu queria saber o motivo de toda essa loucura e se o que Michael e Luke dizem é verdade.

“Ashton, eu vou pedir para você se deitar.” 

Fiz o que ela pediu e me deitando no sofá maior da sala.

“Eu quero que você feche seus olhos e procure relaxar ao máximo.”

Foi meio difícil relaxar, pois eu sou uma pessoa muito tensa. Mas a voz pacífica de Emma indicando cada parte de meu corpo que era para se relaxar completamente, foi ajudando e eu estava calmo e nada tenso, como quase nunca estive em quase dezenove anos.

“Você está bem? Podemos seguir em frente?” ela perguntou depois de alguns momentos em silêncio.

“Sim.” 

“Agora, quero que você se imagine na frente de sua casa atual. Me diga quando estiver lá.”

Fiz o que ela me pediu e estava em frente ao prédio onde eu moro.

“Já estou em frente ao prédio.”

“Certo. Quero que você esteja na frente da porta do prédio nesse momento.”

Assim, em minha mente, andei até a porta do prédio.

“Estou na frente dela.” digo.

“Abra a porta. Você irá enxergar um túnel, que bem no fundo do túnel, há uma luz.”

Abri a porta, como ela me pediu, visualizando o túnel. Ignorando totalmente a maior besteira que isso parece ser.

“Irei contar de vinte a um. E no decorrer da conta, quero que você ande pelo túnel, indo até sua vida anterior a essa. Certo?”