Story Of Another Us - 2 [au]

quinze: como você cresceu, filho

“I can run, but I can't hide
From my family line”
Family Line, Conan Gray

ashton point of view:

É, o pedido de desculpas não foi o mais perfeito… Calum e eu acabamos discutindo de novo e ficou um clima bastante nebuloso entre nós. Isso me deixou chateado em pensar que nós realmente estamos próximos de um fim.

Mas, tento esquecer disso dedicando mais tempo na banda que faço parte, que carinhosamente intitulamos-na de Hellfire Symphony. E também ando passando mais tempo com Luke; assistindo filmes de terror madrugada afora e era engraçado como ele tinha tanto medo de filmes tão toscos e também, ele me ensinava a cozinhar – o que sempre saia bastante errado porque nós dois não sabíamos cozinhar.

Queria esquecer o mais rápido deste "relacionamento" de um mês que tive com Calum. Agora, ele seria apenas um colega de quarto do qual o vejo de vez em quando, pois, não gostaria de o expulsar daqui – mas talvez um dia eu possa.

Já saí de casa cedo, e fui para o local onde eu e os garotos nos encontramos para ensaiarmos. Tinha um plano de que iria encontrar meu pai após o ensaio, com o endereço que havia nas cartas que ele me enviava.

Iríamos começar o ensaio às nove. E já está em cima do horário e ninguém apareceu, já estava ficando entediado… Até que Conan apareceu.

“Achei que eu seria o primeiro a chegar.” diz ele sentando ao meu lado no meio-fio.

Conan era o único que sentia que ele se simpatizava mais comigo. Ele era bastante bonito, seus cabelos eram grandes, castanhos claros e cacheados, olhos pretos e bem expressivos. Ele era totalmente diferente de seus amigos e era bastante sorridente e tinha um estilo que se destacava dos outros garotos.

“Estou aqui desde às oito e meia, não suporto mais minha própria casa.”

“Por quê?”

“Digamos que eu fui cego de amor e acabei me fodendo.”

“Acontece com todos nós.” Conan diz rindo.

“Mas a pessoa mora em minha casa.”

“É… Sinto muito por isso. Mas você pode sempre transformar sua desgraça em música.”

Ficamos conversando até que os outros garotos chegaram e finalmente podemos ensaiar.

Hoje foi bastante produtivo, ensaiamos bastante e até compus uma música, ou parte dela. E neste tempo, sinto que Mateo e Dante estavam começando a gostarem de mim e isso era bom, um dos segredos para manter uma banda é a "tolerância" e "amizade" entre os membros.

“Ei, Conan, posso te fazer uma pergunta?” digo imediatamente antes de Conan sumir de meu campo de visão.

“Claro, o que é?”

“Você sempre morou em Los Angeles?”

“Desde sempre.”

“Então… Eu precisava de ajuda para encontrar um endereço. Poderia me ajudar, se tiver tempo…?”

“Claro!”

Procurei uma das cartas que havia guardado em um dos bolsos de minha jaqueta. Onde supostamente era o endereço do meu pai.

“Esse endereço.” mostrei a carta a ele.

“É perto de minha casa!” diz depois de ler o endereço. “Vamos, eu te ajudo a achar. Não é tão perto, já avisando.”

“Muito obrigado, Conan. De verdade.”

“Por nada!” ele sorri.

Fui seguindo os passos de Conan e observando as ruas onde passávamos, lugares novos e interessantes que poderia visitá-los em um outro dia.