A Híbrida Caçadora (Livro 1 da série: Destinados)

Cap.30 Dia Sangrento Part.2

Ancile Killer.

— Antes de dizer qualquer coisa, preciso saber o motivo de querer encontrar Morgana, além do fato do Supremo ter o cheiro do Deus da Morte, isso me parece bastante suspeito. — Desanda a falar.

— Tudo que você precisa saber é que é por um bem maior. Se me ajudar eu te ajudo, então não vamos perder tempo com os detalhes. — Disse.

Não seria louca de confiar contar para um desconhecido que até então não havia deixado de ser aliado da maldita bruxa que era a causa da minha dor de cabeça no momento, que eu e Bless havíamos quebrado uma das leis e atravessado para o Reino Sombrio.

Além de que podia imaginar que caso ele descobrisse que queríamos encontrar Morgana para ajudar a família do Supremo de alguma forma, isso também poderia fazê-lo mudar de ideia sobre nos ajudar, apesar que devia existir um parentesco entre ambos, pois tinha ouvido eles se chamarem de irmãos de alma, isso devia significar alguma coisa.

— Eu não trabalho com pessoas que não confio. Como posso saber que realmente irá me ajudar se você nem siquer me deu uma prova de que é confiável? Até o momento, você aparentou ser uma vampira, mas mentiu sobre isso também, pois não verdade é híbrida, o que é uma surpresa para mim, há muito tempo não vejo mais nenhum híbrido andar sob Aedra Endormi. — Me analisa.

— Pelo que entendi você tem a mesma idade do Supremo, certo? — Me esquivo.

— Sim, eu tenho, o que significa que não deveria achar que pode me fazer de tolo, pois não tenho o hábito de deixar traidores vivos. — Me alfinetou.

— Eu sempre cumpro com minha palavra, Lican, ou Lorey, ou seja lá o que você for. — Me mantive ereta.

— Eu não sou tão vivi por 3 milênios, mas eu não sou tão jovem quanto pareço ser, sei de coisas que você certamente nunca irá saber. Eu não tenho tempo para pensar em algo que lhe faça confiar em mim, mas estou disposta a tentar, caso me diga onde Morgana está e me leve até ela. Agora, no momento, você só tem a minha palavra.

— Não vejo vantagens em confiar na sua palavra. — Não podia o julgar por isso, só que no momento eu realmente precisava encontrar Morgana antes que fosse tarde demais.

— Então estamos em um impasse. — Paso a mão na minha tempora, pensando em como posso fazer ele falar: — Irei lhe dar uma prévia de que estou falando a verdade quando digo que posso te libertar. — Me aproximo dele.

— Não chegue perto de mim, sanguessuga. — Eu ignoro seu comentário.

— Você quer um gesto de confiança? Pois bem, veja o que eu quero lhe mostrar. — Ele a contra gosto me deixa tocar sua testa.

Meu dedo indicador da minha mão direita toca no centro de sua testa e eu transfiro para ele uma breve lembrança, já tem algum tempo, mas acho que essa é a lembrança de que ele precisa para me ajudar.

Flash Back.

A cada passo que dava em direção à Vandemor, minhas sombras me seguiam e minha revolta crescia. Se fosse agir por mim mesma, mataria Carlim no momento em que o visse, pois o que ele fez foi algo além de abominável. Foi imperdoável.

Minhas Sombras sussurravam, me indicando o caminho certo. Não podia ser vista por seus soldados vampiros, então estava fazendo uma trilha que poucas seres conheciam.