Cap.39 Senhora do Caos

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INÍCIO DE TUDO

  Uma jovem empunhava duas espadas cheias de sangue enquanto apunhalava uma criatura sombria pelas costas, lhe arrancando o coração da caixa torácica. O som de dor foi ouvido quilômetros de distância, mas a batalha continuava e quanto mais tempo passava, mais corpos iam se amontoando no chão.

Ela tinha raiva no olhar enquanto empunhava mais uma vez suas lâminas em movimento para seu próximo adversário. Este seria ainda mais fácil de matar que o anterior. Ela queria terminar aquele trabalho logo, para voltar para sua casa.

O Reino de Donksivan era um lugar pouco habitável, mas muito rico. Seus habitantes tinham o costume de cultuar o Deus da Morte e da Guerra, para que ele lhes protegessem das tropas inimigas dos Reinos Vizinhos e lhe garantissem uma morte rápida.

Ela estava ali para isso, povos estrangeiros queriam roubar aquele povo. Um povo protegido pelo Deus da Morte. Ele não iria deixar aquilo terminar em nada mais que carnificina e para um serviço tão sujo, nada melhor do que mandar sua arma mais letal.

Uma criatura enorme de mais de três metros se colocou na sua frente. Era um gigante, eles vinham aparecendo com muito mais frequência ultimamente. O espécime carregava um machado pesado que movimentou na sua direção.

Seria um golpe letal e rápido, ele lançou o Machado que lhe partiria ao meio, porém este item se partiu em dois com a colisão com as suas duas espadas cruzadas. As lâminas brilharam com chamas douradas e gotas de sangue vermelho quando ela encarou aquela criatura.

Ele soltou um grito de raiva e partiu para a luta corpo a corpo, com seu tamanho pensou que esmagaria aquela menina como um inseto. O primeiro golpe foi desviado com rapidez, e a garota abaixou suas espadas para se defender do próximo.

— É só isso que sabe fazer? — Desdenhou da criatura que lhe olhava do alto.

Sua boca espumava gotas de baba e seus dentes seriam capazes de come-la viva. O gigante soltou um outro golpe, mas este ao invés de ser desviado, foi seguido de um grito de dor. Ele era forte mas não mais rápido do que sua espada que cortou o braço do adversário ao meio.

— AAAAHH... — Ela se satisfez dos gritos dele enquanto pensava na maneira mais rápida de o matar.

Não queria mais prolongar aquela batalha, por mais que tivesse recebido ordens para que fizesse aquele povo sofrer tanto na morte quanto na pós vida. Ela encarou aquela criatura, suspirou e pensou bem antes de dizer as palavras.

— Vou te matar rápido, mas nos veremos novamente no Baixo Mundo, kanasky! —
Sua última palavra transformou o gigante em pedra e assim ele morreu.

Ela se ergueu, olhou para seus soldados que lutavam bravamente por um propósito sem fim. Fechou os olhos e se conectou com seu poder. Ele dançava em suas veias e fazia parte do seu corpo. Aquele poder que cada dia mais se aflorava e lhe fazia fazer coisas de que depois não gostava mais.

O monstro dentro de si era incontrolável. Ele se saciava de cada gota de poder que absorvia dos corpos ensanguentados. Uma irá lhe contorcia mas não pertencia a ela, mesmo assim, ela deixava que seu monstro lhe dominasse, pois ele sabia lidar com a guerra muito mais do que ela própria.

Ysanidak kanasky! — Com apenas duas palavras um silêncio se formou e logo se seguiu de gritos de euforia.

— Viva nossa Senhora do Caos! VIVA! — Um coro foi escutado ao longe de todas as direções possíveis.

A Híbrida Caçadora (Livro 1 da série: Destinados)Onde histórias criam vida. Descubra agora