Cap.41 Kalish

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INÍCIO DE TUDO

Em breve seria o aniversário de 100 anos dos gêmeos, em breve Auryhn precisaria pagar a dívida que tinha pendente com o Deus do Baixo Mundo.

A Princesa Herdeira sobrevoava o Reino Conquistado de Serajih, era o décimo segundo reino que Conquistava para seu Pai, era o décimo segundo exército que estava sob o seu comando.

— Calma, Kalish... — A garota tocou as penas avermelhadas do seu Psserodark que estava agitado desde cedo.

Ela montava como ninguém. Em uma altura considerável que lhe dava a visão de toda a Capital do Reino, a visão que se tinha lá de baixo dela, era quase como uma miragem. Uma Deusa de longos cabelos brancos e olhos mais dourados do que violeta montada em um pássaro alado flamejante.

Kalish, o nome que deu para seu Psserodark, desceu uma enorme montanha fazendo com que os cabelos brancos de Auryhn voassem com o vento. Ela se sentia liberta toda vez que montava nele, era uma sensação inexplicável.

Desde o dia que despertou aquela fera, com a ajuda de seu irmão Argon, eles criaram um vínculo de parceria, não era como se ela tivesse domado ele, era mais como se ele tivesse escolhido ceder a ela. Foi assim que nasceu seu mais novo exército de criaturas aladas. Ela gostou de criá-los.

Não eram nem de longe parecidos com um Psserodark, mas sua criação servia de montaria para uma nova vanguarda dos seus soldados aéreos. Era algo totalmente novo e seu último reino conquistado, que ficava no topo de uma montanha que seria impossível alcançar sem asas, se provou um tiro certeiro.

— Você acha que ele virá? — Ela falava com o Psserodark, como se este uma hora ou outra fosse conseguir lhe responder.

— Eu acredito que ele conseguirá vir, pois todos estarão lá. — Ela mesma se auto respondeu.

Ela pensava em Argon. Eles se viam de vez em quando, mas não com tanta frequência como Auryhn queria. Seu irmão possuía agora a aparência de alguém prestes a completar seus vinte e um anos, enquanto ela não havia mudado muito.

Em determinado momento, ela parará de envelhecer, ainda parecia ser um pouco mais velha que Argon, que possuía um rosto delicado e angelical, mas se colocasse os dois lado à lado era nítido que eram irmãos gêmeos, mesmo que os olhos mais dourados do que violeta de Auryhn destoassem do de todos.

Ela sentia que sua vida estava prestes a mudar com a chegada do seu centésimo aniversário. Telis vivia trancado dentro da biblioteca real e cada vez mais lhe perguntava como estava se sentindo, se notou alguma diferença fora do normal em seu corpo.

Era quase como se ele estivesse lhe escondendo alguma coisa, mas ela preferia evitar pensar sobre aquilo. Sua cabeça voltou para o acordo que tinha feito com o Deus da morte e da Guerra quando tinha apenas vinte anos de vida celeste.

Telis não se oporia a deixá-la ver seu irmão com mais frequência, caso ela concordasse em realizar um ritual no seu centésimo aniversário. Naquela época, ela achou suspeito as intenções dele, pois todos sabiam que todo Deus realizava um ritual para manifestar suas habilidades no seu centésimo aniversário, porém, sentia que não era do mesmo ritual que Telis estava falando.

Havia outro e era nisso que ele estava trabalhando recentemente. Com os anos o que antes era pontos dourados em seus olhos violetas, começou a se misturar e agora a cor dos seus olhos oscilavam entre dourado e violeta, que era sua real cor de nascença.

A Híbrida Caçadora (Livro 1 da série: Destinados)Onde histórias criam vida. Descubra agora