23 - Vivos como nunca.

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"Sei que pode parecer muita responsabilidade, mas não entenda errado, você chegou e passou a curar tudo de novo. Não é como se fosse sua obrigação, como se te cobrasse, você fazia isso sem ao menos eu pedir, fazia isso até quando meu silêncio pairava, você sempre soube como me cuidar, mesmo comigo dizendo que estava tudo bem, que não precisava fazer isso. Você sempre soube me curar, por mais que também soubesse ferir."



Vivos como nunca.

Uma hora você está sozinha, tem dito que amores são ridículos, que nos seus planos não cabem alguém, que não se imagina vivendo essas coisas de filme, sabe? E em outra, você acaba de cair na armadilha daquele sorriso perfeitamente alinhado. É um equilíbrio difícil de manter, eu sei, por mais que a fase da negação seja extensa, por mais que o corpo lute contra tudo, os olhos castanhos escuros aceleram o coração e quando a mão encosta de raspão, o corpo inteiro esquenta e vive. Viver, é uma das palavras que definem o amor, que definem como nos sentimos quando entendemos seu significado: Vivos. Vivos como nunca.
E aí, no seu estado atual, poderia escrever ou até debater sobre como as músicas do Cazuza não mentem, sobre como quando encontramos a pessoa certa, nada daquelas bobagens importam, status, nem pessoas, nem bocas desconhecidas, nem contatos, a única coisa que importa é chegar em casa e enviar um "Cheguei bem", logo recebendo uma chamada, ir correndo pegar o fone, bater o dedinho na quina da mesa e mesmo assim sorrir, porque valia a pena aquela dor. Já se sentiu assim? Como se estivesse flutuando nas nuvens? Como se não soubesse o que fazer? Como se tentasse regular um pouquinho da intensidade e falhasse completamente?
Não tem como lutar contra o amor, não tem como lutar contra toda essa coisa de destino, quando encontrei ela, senti algo diferente, algo me dizia que ficaríamos juntas, e ficamos, eu soube disso desde o início, e mesmo querendo lutar contra esse sentimento, não consegui. Não consegui e agradeço muito, vivi coisas que só viveria com ela, senti coisas que só sentiria com ela, aprendi coisas que só aprenderia com ela, amei de uma forma única e totalmente nova, que se não fosse com ela, não funcionaria nunca. Meu estado atual? É colocando bilhetes no meu guarda-roupa, que agora é nosso, avisando em quais lugares suas roupas estão, e sendo sincera, nunca fiquei tão feliz em dividir minhas coisas.

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