DEZ

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PELO AMOR DE DEUS! O QUE FOI?

O Assombrado foi perguntar de você pro André!

Oqqqqq???????????? MAS QUE MERDA

Ele desgoverno de alguma coisa?

*desconfiou!!!!

Queria saber se a história do primo era verdade. Então sim né!!!

Oq o André disse???

Confirmou. Disse que você tava passando uns dias lá em casa. Acho que ele acreditou. Mas sério, fica longe dele, se ele ficar muito paranoico pode achar que você é uma informante.

Eu já entendi! Mas que merda, não acredito. E se te tranquiliza, tô indo na facu agora, então minha cabeça vai ficar ocupada por um bom tempo.

Só pra te incentivar mais, lembra que estou grávida e não posso passar nervoso<3

HA HA HA HA
🖕🏿

To indo no mercado agora. Depois te mando mensagem.

E não esquece. FICA LONGE DELE!!!

Boa sorte e se cuida.
E lembrando novamente, se pensar em sentar naquela rola, lembre de mim🎶🎶

Nunca mais vou transar então

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   Merda...ele não acreditou. Então o porquê do beijo? Se ele desconfiasse de verdade não teria me beijado? Só tenta se distrai agora e pensa o quanto você tá ATRASADA!!
   Tentei ficar concentrada no que estava fazendo. O nervosismo é tomando conta do meu corpo, mas não tinha tempo pra isso, respirei fundo tentando me acalmar. Já tínhamos chegado, procuramos vaga para estacionar mas não tinha nenhuma, pelo menos significava que a visita não tinha terminado. Tivemos que esperar outra pessoa sair, o que não demorou muito. Assim que a chave foi tirada da ignição abri a porta e saí em disparado em direção da entrada.
   — Te encontro lá dentro!! – gritei.
   Cheguei ofegante no balcão da recepcionista. Era uma senhora com uma roupa exageradamente elegante, muito elegante para um ambiente onde a maioria do alunos e professores estavam informal. Ela estava digitando alguma coisa em seu notbook, parecia nem perceber a minha presença, ou só estava me ignorando mesmo. Tentei chamar sua atenção da forma mais educada possível.
   — MOÇA!
   Se virou para mim e para em um pulo. Continuou me ignorando, mas assim que Latrell chegou ela ficou o secando de maneira maliciosa. Latrell poderia até ser mais alto mas ainda tinha cara de criança, pelo menos pra mim. Vi que ele não estava gostando, então tomei a sua frente até que ela parasse.
   Finalmente olhou para mim, e dessa vez com cara feia como se eu tivesse atrapalhando alguma coisa.
   — Veio para a visita? – disse com uma voz enjoada.
   — Sim, eu vim sim – tentei dizer o mais firme possível.
   — Nome.
   — Camila Susana Lydya Ribeiro Davis.
   Arregalou os olhos, e se dirigiu ao computador, escrendo e mexendo no mouse, escrevendo, escrevendo, escrevendo, escrevendo, escrevendo, escrevendo, mouse, mouse, escrevendo. Parecia até provocação.
   Não deixei barato, fiquei chutando o balcão com o meu sapato e assim fazendo um barulho irritante, irritanto os outros ao nosso redor e a ela.
   — Cami, para com isso... – disse Latrell no pé do meu ouvido.
   Fingi não ouvi, até que ela também parasse.
   — Você chegou um pouco atrasada, mas, a visita ainda não terminou. Siga reto depois vire a direita e depois as escadas. Provavelmente estão mostrando as salas de aula – disse com impaciência.
   Finalmente! Sai sem agradecer. Apertei o passo seguindo suas informações, não foi difícil achar, estavam em um corredor longe mostrando algumas fotos que tinham na parece. Era um grupo com poucas pessoas, um instrutor apontava para cada foto, e contava quem era aquelas pessoas e suas funções. Me aproximei sem que me percebessem, apenas ficando no fundo.
    Com o tempo o grupo foi andando, entrelacei meu braço no pescoço de Latrell, com um pouco de dificuldade e fomos.
   Estava tão preocupada em chegar cedo que nem vi o quanto esse lugar era lindo. Me senti em um museu de tantos quadros que tinha nas paredes. Muitos conhecidos  e outros não. Tinha também uma grande vitrines com prêmios acadêmicos, muitos eram de basquete, com fotos dos jogadores dos anos 80 até os anos atuais, e uma camiseta com o número 6 escrito "Williams".Dei uma cotovelada no braço de Latrell para que ele visse, ficou admirado como uma criança.
   — Poderia ser o seu nome – susirei em seu ouvido. Ele deu os ombros e respondendo:
   — Talvez um dia.
   O grupo continuou andando, cada passo que dava era como um sonho que finalmente estava se realizando, tudo era tão perfeito que nem parecia real, e eu nem estava pensando... nele... ok, já esqueci, FELICIDADE! Hoje é meu dia.
   Não queria lembrar dele agora, mas só queria ver.... MEU DEUS! TO CRIANDO DEPENDÊNCIA EMOCIONAL POR ALGUÉM QUE NEM CONHEÇO!! E ele ainda é um bandido!
   Me dei um beliscão no braço e continuei andando. Resolvi tirar algumas fotos para me distrair. Peguei minha câmera, montei com um pouco de dificuldade mas consegui. Tirei da maioria dos quadros, depois de pessoas distraídas conversando, outros discutindo, Latrell dando um "tchauzinho" pra câmera, gente se pegando, e logo sendo pegos pelo monitor... e por aí vai. Até que uma pintura me chamou a atenção.
   Era uma moça em um balanço, em um lugar onde parecia ser uma floresta rodeada de estátuas, havia dois homens com ela, um estava a balançando e o outro estava deitado na grama apenas a admirava. Olhei cada detalhe, era tudo tão único e perfeito. As cores eram tão bonitas e cheias de vida, mas ao mesmo tempo transmitia paz e sossego.
   — Bonito, né? – disse uma voz ao pé do meu ouvido.
   Com o susto que levei, sem pensar duas vezes dei um grito e  uma cotovelada, e nunca me arrependi tanto na minha vida.
   — MEU DEUS, ETHAN! DESCULPA, VOCÊ TÁ BEM?! – perguntei o ajudando a levantar.
   Com o barulho de Ethan caindo no chão, e é claro, o soco, todos que estavam ao redor olharam, alguns vieram ajudar, me olhando torto, mas ele logo se levantou dizendo que estava tudo bem.
   — Você é mesmo filha do seu pai – disse massageando o olho – Nossa, pra alguém tão pequena você até que bate forte.
   — Caramba desculpa mesmo! EU DEI UM SOCO NO SEU OLHO! Mas também foi sua culpa! Do nada fica sussurrando no ouvido das pessoas! Pensei que fosse um tarado.
   — Meu Deus! Calma, Camila – disse pegando no meu ombro – No máximo vai ficar inchado. Eu vou em uma farmácia aqui do lado e dou um jeito.
   — Tá bom! Eu vou com você então.
   — Você muda de humor com muita facilidade. E não precisa, eu vou ficar bem – me consolou  indo em direção do corredor.
   Mesmo estando com um pouco de raiva, a culpa foi maior do que eu, então o segui ficando ao seu lado com um sorriso sem graça.
   Seguimos o mesmo caminho, passamos pela velha tarada até chegar na saída.
   Ethan tentava me mostrar onde era o caminho da farmácia, mas ficava difícil com ele tendo apenas um olho bom, e não ajudou nada comigo só pedindo desculpas.
    Insisti em pagar tudo, era o mínimo que eu podia fazer.
   (...)

Por Amor // Oscar Diaz (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora