[2] A carta

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#SosACasaBranca

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#SosACasaBranca

Os sonhos era o único lugar onde Jimin sentia que podia ser e fazer qualquer coisa.

Ele podia ser um marinheiro e pescar mobdick, podia ser um simples camponês ou o rei de um castelo nobre. Ele adorava sonhar, mas naquele dia em específico ele não foi acordado com poker face nem algo do gênero, ele foi acordado por sua mãe. Ele ficou tão surpreso que pensou se tratar de uma miragem, mas era sua mãe, em carne e osso, e um cabelo um pouco desarrumado.

ㅡ Vem tomar café.

Ele sabia que aquele convite não era um convite, era uma ordem, Jimin sabia que aquele dia era o dia a qual abriria aquela carta, a carta a qual fugiu tantas vezes. Ele sabia que o único motivo deles terem se mudado para Boston era por causa disso, sua vida dependia disso, sua família.

Aquilo colocava um peso em suas costas, um peso difícil de suportar, ele sabia que a decepção reinaria nos rostos se o resultado fosse negativo. Ele tinha que ser perfeito, ele precisava, era a única coisa que poderia mudar sua vida.

Ele caminhou para o café da manhã carregando a carga como quem leva a coroa da rainha. Ash estava sentada balançando as pernas enquanto sua boca estava cheia de cereais e Jihu estava com seus fones de ouvidos mexendo no celular. Jimin estava incomunicável, seu corpo desligava com situações extremas, a briga que teve com seu irmão ontem foi uma situação extrema. Sua mãe sabia quando seu filho estava assim, pois ele ficava mais quieto, não olhava nos olhos e andava nas pontas dos pés com mais frequência do habitual.

ㅡ Sente-se Jimin.

Ele se sentou, o frio da cadeira fez os pelos da nuca arrepiar.

ㅡ Posso abrir?

Ela pede, claro que podia, Jimin não se atreveria a abrir aquela carta nem se Jesus Cristo baixasse do céu ordenando.

Ele entregou a carta para mãe que abriu o lacre de cera, Jihu retirou os fones de ouvido e todos da mesa exceto Jimin encarava a carta. Cristina, sua mãe, abriu a carta, e a retirou do envelope de um jeito delicado. O silêncio reinou, Jimin estranhou que demorasse tanto para ler um aprovado ou não aprovado, então ele encarou a mãe que mantinha uma expressão petrificada.

Você conseguiu.

Foi tudo que ela disse.

Jihu encarou chocado o irmão.

ㅡ "Parabéns Park Jimin, você foi um dos primeiros dos dez colocados a conseguir uma bolsa gratuita com tudo pago na academia Aglionby, compareça na secretaria dia dez"

ㅡ É amanhã.. ㅡ Diz Jihu ㅡ você conseguiu irmão!

ㅡ Eu consegui..

Park estava feliz, ele havia estudado muito, perdido muitas horas de sono para conseguir passar numa das provas mais difíceis e ainda ficar entre os primeiros colocados. Jimin sentiu-se inteligente, pela primeira não sentiu que era inútil por conta de seu autismo, não sentiu-se incompetente, e não poderia ser chamado de burro pelos seus parentes e primos novamente pois Park Jimin havia conseguido, conseguido entrar pra uma das melhores escolas do mundo, uma escola cheia de ricos.

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