[Enimies to love, FINALIZADA]
Jimin conseguiu receber uma bolsa de estudos para uma das escolas mais ricas e bem sucedidas da cidade.
Por causa de um erro do carteiro ele se vê numa história constrangedora e no mínimo engraçada, quando Jungkook o ma...
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#SosACasaBranca
Morte.
A morte sempre foi algo muito questionado por uns e temidos por outros, mas se há um consenso entre as diversas opiniões é que, a morte, de fato era algo temido e se tirado de alguém injustamente e brutalmente era deplorável. Carregar o sangue nas mãos por ter matado alguém era algo que muitos, de fato, não conseguiram superar, sendo atormentado por zumbidos demoníacos durante a noite. Pensamentos como, essa pessoa tinha filhos? Uma família que sentiria sua falta? Um companheiro ou uma companheira que lhe amava? Dentre outros questionamentos. Para Jungkook, não era diferente.
Quando ele acertou a bala na cabeça do homem, tudo à sua volta começou a se movimentar em câmera lenta, como um filme da sua ruína, ele lembrou de sua mãe, o que ela teria sentido nos últimos momentos de vida? Ela teria pensando em si? No seu irmão ou ambos? A morte de uma mãe poderia ser muito doloroso, mas a morte de um filho doía tamanha angústia, e aquela pessoa a sua frente possuía uma mãe, que, provavelmente estava viva, e se tivesse uma relação boa com ele, ver seu filho com uma bala na cabeça estragaria o dia de qualquer pessoa que esperou nove meses para parir.
Mesmo que Jungkook não tivesse escolha, mesmo que a arma do homem estivesse pronto para acertar a cabeça de Park, Jungkook não conseguia sentir-se menos culpado. Ele havia matado alguém, não importava se era alguém de índole questionável, havia tirado uma vida. O peso da arma em suas mãos tornou-se mais pesado do que antes, suas mãos tremiam. Jimin observa o rosto estático do garoto, seus olhos arregalados em choque, seus lábios trêmulos. Jimin queria acalmá-lo, mas seus pés estavam encharcados de sangue, sangue esse manchava seus sapatos.
— Vamos sair daqui.. Jungkook.
— Eu.. matei ele.
— Vamos sair daqui, Jungkook!
— Matei uma pessoa.
— Ele não era alguém bom! E teria nos matado se não fizesse isso.
Jungkook sabia que seu plano havia falhas, que alguém acabaria se machucando por causa disso, mas ele esperava que o machucado fosse ele próprio. Jimin segurou sua mão e o arrastou para longe dali. No beco a quilômetros do acidente Jimin limpava seus sapatos com um jornal velho, o cheiro de sangue era insuportável, metálico e angustiante. Jungkook ainda estava estático, seus olhos não saíram daquela expressão desde o ocorrido, Jimin não sabia o que fazer ou falar. Mas agora, ambos estavam em apuros, seja lá quem tenha os perseguidos, teria mais de onde aqueles dois vieram, e viriam atrás de Jimin e Jungkook.
O lugar estava apertado e empoeirado, havia uma entrada do lado de fora com escadas que pareciam cair a qualquer momento, o lugar era escuro e as paredes finas demais. Dava para ouvir uma mulher reclamar alto do outro lado da porta, Jimin foi a frente do balcão.
— Queremos um quarto.
O homem ruivo de óculos lhe encarou, Jimin não pode deixar de achar semelhança com o homem do beco, mas é claro, era só um fantasma lhe assombrando, a única coisa semelhante eram seus fios extremamente ruivos, os cabelo de Park também eram ruivos, era estranho aquela sensação.
