[15] O futuro anda de costas

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Jimin entra no relojoeiro, o som do sino ecoa em cima de sua cabeça

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Jimin entra no relojoeiro, o som do sino ecoa em cima de sua cabeça. O tick-tack dos relógios inundava o ambiente num ritmo confortável e contínuo. O lugar estava vazio, Jimin não conseguiu avistar a presença do velho em nenhum lugar. Então, aproveitou-se para vislumbrar o grande relógio dourado parado ao lado do balcão, toda sua estrutura refletia com o sol que vinha das clarabóias. Eram lindos, velhos relógios magníficos, Jimin nunca imaginou que gostaria tanto de relógios assim. Lembrou da história de sua mãe, sabia que seu avô gostava de relógios, até tinha alguns em seu terraço, que o mesmo fazia, então um click fez em sua cabeça. Entendia o porque aquele velho era tão familiar, pois era seu avô, seu avô numa forma mais jovial? se é que ele podia ser mais jovem do que ele era já velho.

— Ainda não está pronto.

Jimin se virou, num susto.

Seu avô estava à sua frente, Jimin não teve muito contato com os pais maternos de sua mãe, não entendia muito por que sua mãe não deixara ter laços fortes com seus avós, talvez, ela não queria que seu filho sofresse como ela sofreu sendo filha deles. Mas aquele homem a sua frente, não parecia ser o homem que assombrava as histórias de terror de sua mãe.

— Aah.. certo..

O homem ajeitou os óculos, ele recuou, indo para o balcão. Jimin não sabia o que dizer, afinal, o que ele diria?

Olá, então, sou seu neto do futuro e você fodeu a cabeça da minha mãe! Obrigado, vovó.

— Eu amei seus relógios.. hm.. sua filha.. como ela é?

— Cristina é — ele parou — uma criança boa, um pouco debilitada em quesito de saúde, mas é uma boa menina.

— Você ama ela?

— Que pergunta, é óbvio que eu a amo.

— Meus avós não eram pessoas boas — Park Ji-hoon lhe encarou — eles.. não aceitaram minha mãe quando ela disse que o marido maníaco dela batia nos filhos e que temia por nossa vida.

— Que pai em sã consciência faria isso?

— Pois é.. por que..

— Você está bem? Ainda não me disse seu nome.

— Meu nome é Jimin.

Park Ji-hoon assentiu.

— Certo.

— Você sabe, não sabe? Que não somos desse tempo.

Houve um silêncio grande.

— Imaginei assim que entraram por aquela porta — ele diz — seja lá quem vocês sejam, ou o porque estão com isso, acho melhor não irem longe.

— O que quer dizer?

— A consequências em se mexer com essas coisas, esse relógio amaldiçoado.. te dá o poder de voltar ao passado, mas sempre tem uma consequência em alterá-lo.

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