Capítulo 10 - Todai Chaeyoung

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"A madrugada mais longa que já tive..."

— Há quanto tempo não nos vemos... Senti sua falta!

O chinês permaneceu parado em frente a porteira um pouco surpreso, como de esperado.

Mas por que logo pela madrugada surgiram, três novas garotas, chamando em seu portão? E justo aquelas...

Foi o motivo de sua preocupação.

— Todai Chaeyoung. Embora não tenhamos nos visto há cerca de seis meses, tudo e todos os princípios que eu lhe ensinei ainda devem ser exercidos.

— Ah, oh... Me desculpe. Ni hao, Feng Sifu. — Chaeyoung corrigiu sua postura, executando a famosa saudação Kin Lai, e assim fez o mais velho.

— Ni hao, Todai Chaeyoung. Como vai, Minatozaki Sana?

— Olá, Feng. — Curvou-se. — Vou bem, obrigada. Trouxemos uma amiga.

— Kim Dahyun. — Curvou-se assim como a japonesa.

— O senhor deve estar se perguntando por que viemos e a essa hora, não é, Sifu?

— De qualquer forma, devo convidá-las a entrar. Por favor... — O homem abriu a porteira e deu passagem para que pudessem entrar.

Feng andava na frente com suas mãos para trás. Ele tinha em mente que havia um bom motivo para receber a presença daquelas adolescentes e queria saber qual era, no entanto, era costume preparar um chá para suas visitas, resultado de sua boa educação.

O homem possuía um bom espaço de quintal, mas nada tão grande quanto o orfanato das sete freiras. De animais, apenas tinha seu cachorro e uma égua muito dócil de crinas compridas.

Sua varanda havia certas armadilhas de choque para insetos, alguns quadros pintados a mão, pequenos vasos de plantas e uma fotografia antiga da década de oitenta pendurada na parede. Aparentemente não era Feng.

Ambos retiraram seus sapatos na varanda e, ao entrarem, junto ao cão, Dahyun reparou em volta de sua sala de estar um tanto peculiar.

Diversas espécies de facas e armas feitas de madeira em uma estante adaptada, objeto de aproximadamente um metro e meio de altura que chamavam de mu ren zhuang - para treinamento de artes marciais - e também, mais plantas. Sua sala, assim como qualquer outro cômodo, era adaptado àquele estilo de vida.

— Sinistro...

Algo diferente nunca visto por Kim Dahyun se não em filmes.

— E então... — Feng servia suas xícaras de cima de sua mesa pequena no meio da sala, diante das três garotas sentadas em cima de almofadas brancas.

— Aconteceu uma tremenda tragédia

— Imaginei que fosse algo sério, não é comum eu ver vocês a esta hora e na minha casa. Me digam pra eu ter certeza, vocês fugiram, não é?

— Sim. — Respondeu Sana. Em seguida, ambas beberam seu chá e Chaeyoung fez certa careta pelo sabor da bebida. — Mas porque não tivemos escolha, senhor!

— Diga, Sana, o que foi que aconteceu? — O homem perguntava pausadamente e já apreensivo.

A japonesa abriu a mochila nas costas da mais nova em seu lado, revelando um objeto de cerâmica quebrado e estendeu ao mais velho, não seria muito educado pôr em cima da mesa.

No mesmo segundo, o chinês reconheceu aquela cerâmica quebrada e pôs a mão na testa como se houvesse uma dor de cabeça. Literalmente, era uma dor de cabeça.

— Xiao Son! — O homem resmungou para a garota, sabendo do grande trabalho que teriam pela frente, e em nem tão muito tempo.

— Como sabe que fui eu??

O Lar das 7 Irmãs - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora