Capítulo 14 - Café romântico à luz de velas

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"Andei duvidando dos meus sentimentos sobre Minatozaki Sana..."

Nunca chegaram tão perto uma da outra como naquele momento. Myoui Mina sabia da possibilidade de mudar a sua relação com Chaeyoung, mas ao agir por impulso, no último segundo, ela preferiu arriscar tudo. Ela a olhou bem no fundo de seus olhos, Son também reparava na semelhança de seus olhos com bolas de gude, eles não paravam de lacrimejar.

— Diga alguma coisa

Son segurou as mãos trêmulas da mais velha pousadas em seu rosto, observando seu semblante um tanto desesperado, ela chorava sentindo dores no peito. Mina estava fraca agora, e era quase impossível segurar Chaeyoung. Ela não diria nada, pois não havia uma só sílaba a ser dita, não com tantos pensamentos bagunçando a sua mente, mas ainda queria Myoui por perto. Somente escutando o choro da japonesa e o ruído da janela, a mais nova sentou com Mina em seu colo, ela abraçou a garota deixando que pousasse o rosto em seu ombro e ali permaneceu sem piscar uma só vez.

— Não chore. — Não adiantou, pelo contrário, soava ainda mais alto os soluços de Mina. Chaeyoung balançou-se a fim de acalmá-la, deixando leves palmadas em suas costas. — Me desculpe. A culpa foi minha.

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Dahyun

Eu poderia dizer que não era nada mal ter uma viagem sem a tagarelice da Sana ou a ausência das meninas que trazia silêncio no ambiente, mas, por eu estar me acostumando com aquela rotina e tamanha bagunça, às vezes era chato. Nari comentou sobre as inúmeras diversões nas paisagens em que passávamos. Parques, jardim botânico, igrejas enormes... nada chamava a atenção de Sana. Fala sério! Até eu gostei de um dos parques. Pelo jeito, ela estava mesmo mal.

As meninas recepcionaram Minatozaki atenciosamente. Era evidente o quanto se preocupavam, principalmente Jihyo.

— A doutora disse que ela pode ficar cega — Park estava ao meu lado sentada na varanda, enquanto eu trançava finas tiras de bambu. — Não é algo tão grave mas pode levar um tempo até que ela se recupere

— Ah... Dahyun, tem certeza que ela vai ficar bem?

— Foi o que a oftalmologista disse.

Ela suspirou insatisfeita e reparou em meus dedos. Quando mais nova, havia aprendido com um amiguinho escoteiro de infância muitas coisas divertidas, e uma delas foram os anéis de tiras finas de bambu, algo que provavelmente saiu da cabeça dele. Infelizmente não me recordo o seu nome, mas lembro de minha mãe adorar aquele garotinho.

Assim que terminei, percebi a ausência de Jihyo que possivelmente já havia se mandado há um tempo. Entrei para a casa depois de sentir as gotas frias de chuva batendo em minhas coxas e parei de frente para a varanda observando a chuva tornar-se mais agressiva e o vento levar diversas folhas das árvores. Enchi meus pulmões percebendo o quão gostoso estava sendo o clima chuvoso e o momento silencioso, perfeito para viajar nas melhores memórias. Porém não durou tanto tempo o meu momento de paz e pombas brancas já que três patetas encharcadas entraram fazendo o maior furdunço, a mais escandalosa de todas superava uma gata miando no cio. Cruz credo!

— Eu não acredito que eu vou ter que arrumar meu cabelo tudo outra vez!! — Nayeon gemia batendo os pés como uma criança mimada. Ela só não era criança.

De repente raios e fortes trovões começaram a surgir, causando-me alguns sustos. A natureza poderia ser estranha algumas vezes, de repente começou a chover fortemente sem qualquer aviso prévio.

— A gente poderia ter levado um raio na cabeça e você tá preocupada com o seu cabelo? Se manca, ô coelhuda!

— Não fala assim com ela, Jeongyeon.

O Lar das 7 Irmãs - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora