A realidade é você quem cria.

858 83 14
                                    

︻┻┳═一

"Parece que não te conheço mais"
"A cada respiração sua"
"Eu percebo que tem algo acontecendo"

Itadori

Corri mais rápido que pude, parei em uma lanchonete mais longe possível daquele cara. Algo me dizia pra sair fora, enquanto pensava em Ryomen, meu mundo caiu quando lembrei de Nobara, uma dor caiu sobre mim, não pensei que fosse assim, ela me traiu mesmo, acabou comigo, por quê Nobara?
Logo depois de chorar muito, escondido sair de fora da lanchonete e parei em casa, naquele lugar eu estava decidido que iria terminar meu namoro com ela.
Hesitei quando cheguei perto da maçaneta, com medo do que viria, mas tomei coragem e entrei, flagrei Nobara arrumada com sua bolsa rosa logo fixando seu olhar em mim.
- Yuji! Onde você esteve até essa hora? - eu não respondi imediatamente aquela pergunta, apenas o clima ficou tenso, abaixei a cabeça tentando lidar com aquele fato perturbador, tudo ficou em silêncio por um momento.
- Nobara, eu conseguir isso...- eu amostrei o celular dela, ela mudou de expressão e ficou surpresa.
- O quê? Como conseguiu isso? E o ladrão? Você achou em algum camelô, né? Ele com certeza deve ter vendido. - eu percebi o quanto ela estava nervosa.
- Nobara, quem é Senno? - eu não queria assustar ela, eu estava controlando minha raiva.
- Hã? Do que está falando? - disse ela se afastando lentamente.
- Você... Nobara...
A partir daquele momento, começou uma discussão e alguns gritos vindo de Nobara, com certeza o namoro acabou naquele momento e eu quase fui quase agredido por ela, fiquei com medo enquanto eu sair da casa ao mesmo tempo ouvindo os gritos de Nobara que logo jogava minhas roupas pela janela de casa.
- NUNCA MAIS VOLTE! - disse ela, com raiva com certeza era o calor do momento e ela foi impulsiva comigo. Apenas fiquei pra baixo, tentando me concentrar em outra coisa, peguei as roupas que ela jogou e logo vejo uma maleta caindo quase encima de mim.
Eu me sentia vigiado, bom, agora vou pro meu antigo apartamento, aonde eu antigamente morava sem precisar de ninguém, vou continuar trabalhando, e seguir a vida. Isso mesmo... será que aquele cara vai querer ainda esse celular?

"Sinto como se eu fosse contra o mundo"
"É pra acontecer, deixe o resto pra trás"
"Sem essa de olhar pra trás, precisamos de dias de glória"

Sukuna

"Corujar" o moleque estava sendo uma tarefa fácil demais, só queria vê uma treta, era tudo que eu queria, a "penosa" ainda estava "balançando a cadeira", ficou com raiva de seu próprio erro? Só pude rir baixo para ela não me ouvir. Mas o que eu mais queria era gargalhar...
Esperei a "penosa" pela janela, para ela ir no andar de baixo, vi que estava calma, mas triste também. Será que ela é "peixe" do Senno? Ou só uma "tchola" dele? Não saberia agora, mas deixa eu pelo menos... "enquadrar" ela.
Peguei o meu "brinquedo" que estava comigo desda saída, e logo mirei pela janela, aquilo era só pra "tranca" ela. Quando fiz, a mesma quase caiu no chão, tremendo e "pagando pau" e não sabendo de onde veio o tiro. Eu vazei depois rápido do lugar, queria saber aonde o moleque se meteu, ele disse algo sobre apartamento... interessante se ele estiver sozinho...ele me chama muita atenção, foda...
Vou mandar mensagem pro celular da galinha pra manter contato, quero olhar aqueles olhos puros de novo...
Quando mandei, imediatamente ele visualizou e não respondeu, moleque idiota. Vou pra casa, e pego meu carro pra ir, quem sabe eu não encontre o Yuji...
"Meu corpo se move por conta própria"
"Minha alma fica observando, enquanto o tempo passa na minha frente"
"Eu estou acabado"
Itadori
Quando cheguei joguei minha maleta em um canto qualquer, já faz alguns anos que não entrava nesse apartamento, todas as coisas estavam no mesmo lugar, era um pouco apertado, mas nada que fosse realmente ruim, era apenas eu morando, eu iria fazer a faxina, estava tudo empoeirado...começaria hoje mesmo, mas primeiro, um banho seria ótimo, estava quente demais. Tirei minha camisa e fui pro quarto, não tinha toalhas nem nada do tipo, quando lembrei que minhas toalhas ficaram com a Nobara a raiva me consumiu e fui com raiva pro banheiro, já havia ligado tudo pra abastecer antes, iria demorar um pouco, mas nada que me deixasse esperando uma eternidade. Quando sair já vestido, peguei uma vassoura e comecei tudo a faxina que eu não gostava muito, mas era legal ao mesmo tempo.
Neste meio-tempo, observei o celular da Nobara, era mais uma mensagem daquele cara dessa vez com um número diferente, era número dele mesmo? Quem sabe, eu sabia que era ele, mas fiquei com receio de responder, ele ainda quer o celular, nada diferente, acho que podemos se encontrar sim, respondi a mensagem e ele logo visualizou, disse o dia e o lugar e era perto até. Até aí, tudo bem mas teria que limpar todo o apartamento rápido, mas enquanto isso, lembrei da Nobara, isso realmente me afetou de uma forma tremenda...mas nunca fui negativo comigo mesmo, estou tentando lidar a cada segundo, está marcado em mim ainda. Não vou esquecer, mas não vou ficar triste! É só eu pensar no que ela fez comigo pra isso acontecer, não foi à toa! Isso, fique firme na sua decisão e vamos trabalhar! Passei o dia limpando o apartamento, ainda havia alguns produtos espalhados por aí no chão, apenas coloquei um lenço na cama para dormir, havia apenas alguns lençóis que deixei aqui, mas estão tanto tempo aqui... é melhor eu lavar depois...
Passei alguns dias de sufoco, eu praticamente quase esqueci tudo que fazia sozinho, mas me sentia só as vezes e lembrava dela, mas eu não podia me deixar abalar! Pensei novamente naquele cara, amanhã a gente se encontraria de novo de qualquer forma tinha algo estranho com ele, ele passava uma aura estranha, mas ele era atraente, por que pensei nisso? Eu sou hétero caramba! Eu namorei uma mulher! Lógico que-
Com meus pensamentos inúteis, ouvir o celular de Nobara tocar, era aquele cara de novo, ele tá muito ousado...com raiva, peguei o celular e atendi rapidamente.
- Alô? Por que tá me ligando?
- Queria ouvir sua voz.
- Eeh... só isso?
- Você não me respondeu se era hétero ou não, eu não espero respostas.
- Quem você pensa que é? Eu respondo se eu quiser, mas vou te responder amanh-
- Você é meu.
Quando ele disse aquilo, desliguei a chamada rapidamente, ficando com vergonha dessa fala dele, é claro que sou hétero, droga! Nunca que eu...sentiria atração por garotos. Eu acho.
Quando fiz isso, Sukuna não ligou mais, apenas deitei para amanhã ir ao encontro de noite. Eu além de viver com Nobara, tinha um emprego simples em uma lanchonete, era do meu avô, ele gostava muito de cozinhar, eu ia trabalhar às vezes lá. Mas quando ele morreu tiver que ficar com o local, dessa vez ganharia dinheiro rapidamente! Eu era mestre de cozinha.
- Bora cozinhar?
Eu também tinha um ajudante antigamente, o nome dele era Todo e ele fazia cademia aqui perto, mas nunca mais o vi depois da morte do meu avô, quem sabe ele não passe aqui... enquanto isso, eu fazia algumas comidas pra cada cliente que chegava. Foi um dia cansativo, mas o dinheiro veio logo. Seria o suficiente pra comprar algumas toalhas novas, apenas fechei e fui pra casa a pé. Depois eu compareceria no local aonde Sukuna escolheu, era quase de noite quando entrei em casa e logo comia um lanche que fiz, eu não tinha TV então apenas fiquei no celular vendo notícias, foi quando achei uma aonde um civil morreu e toda sua família também, as suspeitas que tenha sido roubo seguido de morte e que um assassino estaria há solta. Isso me dava um medo desastroso, sinceramente a internet não é um lugar seguro e muito menos o mundo.
Quando era tarde, me arrumei, e quando sai de casa andei a pé até um local que ele escolheu, era perto, mas eu não sabia o que exatamente era, uma loja ou uma lanchonete, quando cheguei e vi com meus próprios olhos percebi que era um restaurante e que estava em um dia especial porquê era aniversário do dono, apenas observei a entrada e tudo era muito bonito e chique, quando cheguei mais perto vi Sukuna em um mesa, com roupas diferentes, com brincos e cordões grandes, estava de novo sem camisa alguma mas com um blazer preto, parece que ele gosta de exibir o corpo...apenas cheguei perto dele, ele me observava com aqueles olhos que me deixava confuso, era estranho...mas eram bonitos e escarlate.
- Sem querer ser mal-educado...mas por que aqui? - eu realmente estava confuso, aquilo parecia um encontro romântico.
- Porque eu escolhi. Algum problema? - ele disse firme e seco.
- É... mas não era só pra pegar o celular? Aqui, tome não quero mesmo. - coloco o celular na mesa. - Bom, tenha uma boa noite. - eu levantei e tentei sair, mas ele me puxou pelo pulso.
- Você não me respondeu...eu odeio esperar...- disse com um sorriso sarcástico, mas seus olhos arregalaram, ele está louco? Mesmo com aquele sorriso dava pra perceber a raiva estampada.

Madness (Sukuita)Onde histórias criam vida. Descubra agora