7 - A pequena sereia

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– Você sabe oque eu penso? – Roan cutucou Clarke com o cotovelo enquanto colocava um par de canecas em sua bandeja.

Clarke ergueu uma sobrancelha para ele antes de mover um par de canecas para sua bandeja.

– Eu não, mas tenho certeza que você está prestes a me dizer.

Roan emitiu um grunhido de desaprovação.

– Eu acho que você deveria dar uma folga para Lexa. Você está sendo muito dura com ela.

Clarke girou sobre ele.

– Você não sabe de nada, Roan. – Ela fez menção de se afastar, virando as costas para ele.

Roan revidou pegando os pulsos de Clarke e prendendo-a contra o balcão.

– Eu sei que você está sofrendo. – Ele se inclinou para perto e sua voz estava rouca e baixa. – E eu sei que você estar machucada, a machuca. – Ele se mexeu até que ele estava respirando direto em seu ouvido. – Ela gosta de você. Pare de fazer isso com ela.

Clarke lutou levemente.

– Roan, chega. O que está acontecendo não é da sua conta.

Roan se afastou ao ouvir isso, com uma carranca semicerrada no rosto.

– Você está errada. Eu me importo com Lexa. E eu me importo com você. E eu sei que, em algum lugar lá no fundo, vocês se importam um com o outro. – Ele voltou para a tarefa. – Apenas pense nisso, ok, Clarke?

Clarke se virou para pegar a última caneca em sua bandeja e eles foram para a sala de reuniões em silêncio. Eles chegaram e distribuíram a cerveja ao redor. Clarke foi deixada para entregar um a Lexa e a comandante deixou seus dedos se demorarem contra os de Clarke.

– Você está bem?

Clarke sorriu, trazendo a outra mão para pegar a de Lexa.

– Sim. – Ela queria isso de novo.

– Sente-se, então. Eu tenho uma historia para contar. – Se as coisas fossem como deveriam, Lexa teria piscado para Clarke. Mas ela não o fez. Era muito estranho.

Todos reassentados, canecas com cerveja na mão.

" Era uma vez, no fundo do mar, uma princesa sereia chamada Alexandria. Ela era um espírito livre e não ouvia sua mãe, Anya. Ela e seu amigo peixe, Roan, estavam sempre em aventuras que a colocavam em apuros.

Um dia, Alexandria chegou perto da superfície e viu um barco com uma festa acontecendo a bordo. Ela nadou até perto para assistir as festividades e viu a garota humana mais linda que ela já tinha visto.

Sua mãe devia estar olhando para ela porque uma tempestade atingiu e o barco virou. Alexandria salvou a linda garota e nadou até a margem. Um atendente da garota veio procurá-la, chamando Clarke. Alexandria se escondeu e viu Clarke interagir com esse homem, a quem ela chamava de Bellamy.

Clarke exclamou animadamente sobre uma voz que ela poderia ouvir para sempre ser a única a salvá-la. Bellamy levou o crédito pela voz até que Clarke lhe disse que era a voz de uma mulher. Alexandria voltou para a mãe.

No fundo do mar, Alexandria começou a colecionar tudo e qualquer coisa que a lembrasse de Clarke. Anya descobriu e destruiu toda a sua coleção, dizendo que o mundo humano era perigoso e que o melhor para Alexandria era encontrar um tritão para namorar.

Alexandria estava tão perturbada com a ideia de nunca mais ver Clarke que não percebeu a enguia que veio se juntar a ela.

– Conheço alguém que pode ajudar, a pessoa perfeita. Perseguido por algo que ele realmente não é tão culpado, sente sua dor. Venha comigo, vou levá-lo até ele.

Alexandria não tinha outra esperança, então seguiu a enguia até uma caverna submarina. Lá esperava Finn, o rato do mar... "

– Rato é muito duro? – Lexa tinha sua atenção focada em Clarke.

A princesa do céu ponderou por um momento, fazendo uma cara de incerteza.

– Pode ser. Bastardo, talvez?

" Finn, o bastardo do mar. Ele ofereceu um acordo a Alexandria.

– Em troca de sua voz, que é adorável – a propósito – posso transformá-la em humana. Mas há um problema. Você só será humana por três dias, a menos que consiga que seu verdadeiro amor a beije. Nesse caso, você permanecerá humana para sempre. Então, sim, você tem três dias para seduzir minha namorada ou então sua alma me pertence. "

– É melhor cortar essa alma que pertence a você, é ruim para os negócios, – Raven rebateu, ela parecia estar tomando notas.

"– Tudo bem, você tem três dias para seduzir a princesa ou então. – Alexandria aceitou o acordo e se tornou humana. Ela voltou à superfície e cambaleou ao longo da praia e direto para a vida de Clarke. "

Clarke se levantou da cadeira e caminhou até o outro lado da mesa. Sem aviso e sem graça, ela inclinou a cadeira de Roan para trás e a jogou para a frente para depositá-lo no chão. Clarke então pegou o assento agora vazio e o virou para Lexa.

Roan lançou um olhar de reprovação para Clarke que ela não viu antes de cruzar as pernas e sentar-se como uma boa menina. Clarke estendeu a mão e colocou a mão no joelho Lexa. Lexa pulou com o toque repentino, se afastando olhando confusa para Clarke.

Clarke tinha uma expressão suave no rosto, como se estivesse tentando esconder algo. Lexa estreitou os olhos para a princesa do céu antes de ser atingida. A comandante se aproximou e entrelaçou os dedos com Clarke. Os dois se inclinaram, olhando nos olhos um do outro, até que suas testas se tocaram.

Lexa desviou o olhar timidamente e Clarke levantou a mão para acariciar a bochecha de Lexa. Ambos continuaram a se inclinar e estavam prestes a…

– Ei! – Finn pulou, batendo na mesa e derrubando todas as canecas.

– Bem na hora –, disse Roan sem humor. Ele se levantou para limpar a o líquido que se espalhava lentamente. – Continue, eu tenho isso.

Finn moveu-se para se juntar a Clarke e Lexa, pegando a mão de Clarke de onde ela descansava, distraidamente, na bochecha de Lexa.

– Acredito que a história diz que o mar, hum, bastardo toma um disfarce humano e se casa com Clarke.

– Tenta, – Anya injetou. – E o sol se põe e Alexandria volta a ser uma sereia, mas ela recupera sua voz e salva Clarke novamente enquanto mata o bastardo do mar. – Ela parecia satisfeita.

– E então a rainha benevolente transforma Alexandria em humana e ela se casa com Clarke. – acrescentou Raven. – E eu acredito que todos nós estamos esperando pela nota em que a história termina.

Clarke se soltou do aperto de Finn e agarrou o rosto de Lexa para puxá-la para um beijo. Lexa ficou chocada, mas não hesitou em retribuir o beijo. Roan estendeu a mão sobre a mesa para cumprimentar Lexa.

– E elas viveram felizes para sempre –, disse ele, quase triunfante demais. Isso lhe rendeu olhares de reprovação de Bellamy e Finn, que então começaram a atirar um no outro olhares de reprovação.

Clarke recuou, Lexa ficou sem ar, ambas exibiam um sorriso largo e verdadeiro.

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