Capítulo 28

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Pov. Jason

Will não parava de falar o quanto o Nícolas era fofo, era tão bom vê-lo apaixonado pelo garotinho. Eu sempre soube do sonho dele de ser pai e vendo ele e Nico tão envolvidos com aquela criança, realmente linda, me deixava muito, muito feliz por eles.

Fazia duas semanas desde o incidente com o Will e durante toda a licença ele e Nico visitaram o menino, assim como eu e Percy. O loiro voltou ao trabalho e o primeiro lugar que ele veio foi a sala do orfanato, como ficou conhecida pelo hospital. Como era o dia do retorno dele Nico o acompanhou e nós também porque queríamos ver nosso pequeno sobrinho.

– Acho que eles encontraram o filho deles, veja só o Nico todo bobo brincando com o garoto. – Percy comentou encarando o primo.

– O engraçado é que o Nícolas já chama os dois de papá, que fofinho. – Digo.

A cena era encantadora, Nico e Will brincando com o pequeno garotinho de cabelos negros e olhos pequenos e levemente puxados. Uma senhora se aproximou dos três e e logo Nico e Will mudaram as expressões, provavelmente, aquela era a tal senhora Pratt, a diretora do orfanato. Pelo que soubemos ela não é muito receptiva e já ouvimos rumores sobre ela ser um tanto preconceituosa.

Se passaram alguns minutos de conversa e a mulher foi embora depois de falar com as enfermeiras.

– O que ela disse?

– Ela... – Will disse com a voz trêmula e Nico segurou sua mão. – Ela não quer nos deixar adotá-lo... Ela disse que nosso relacionamento não é saudável pra ele. – Will chorou e Nico o abraçou.

– Ela não pode fazer isso! – Percy berrou de punhos fechados.

– Nós vamos entrar com uma ação judicial, isso não vai ficar assim. – Nico assegurou.

– Papá! – A vozinha infantil de Nícolas soou perto e Will o pegou nos braços ainda chorando. – Papá.. Papá!

O menino repetia a fala tocando o rosto de Will e, em seguida, estendeu os bracinhos cheios de dobras para Nico que o pegou e o beijou na cabeça.

Observamos a cena quietos e uma enfermeira se aproximou.

– Senhor Solace, sinto muito mais a senhora Pratt pediu que as visitas ao Nícolas fossem proibidas. – A garota disse envergonhada.

– Mas eu sou médico! Eu cuido das crianças, isso ela não pode fazer! – Ele retruca.

– Digo, as demais visitas. O senhor é o médico, mas ela conversou com os diretores do hospital e quer que o menino se recupere sem "plateia". Ela disse que assuntos de adoção são tratados apenas no orfanato. Me desculpem...

– Tudo bem, eu vou resolver isso. – Nico disse firme.

– Amor...

– Ei, me escute – Nico segurou o rosto de Will com as duas mãos –, Nícolas é nosso e eu vou até o fim por ele. Trabalhe e fique calmo, eu vou agora mesmo dar entrada nos papéis e ainda vou processar essa mulher ridícula. Fique calmo e cuide do nosso filho. – Completou.

– Tá bem, eu vou cuidar dele. Traga o nosso filho pra casa. – Ele sorriu e Nico sorriu também.

Acompanhamos Nico até a saída do hospital e de lá ele iria ao escritório do seu advogado, na verdade era o tio dele, Minos, um dos melhores advogados da vara da família. Decidimos voltar para casa e passar o resto do dia sem fazer nada.

Passei a viagem toda pensando em Nico, Will e Nícolas, os três já pareciam uma família e o melhor de tudo é que se amavam. A história da criança é péssima, os pais morreram num acidente de carro e nenhum parente se manifestou para ficar com ele, há seis meses ele esperavam por um lar.

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