Fim da meia noite •|Kim Taehyung|•

03

LOVE ON

~□~

XX:LOVEE!!

Em um susto, pulei e me sentei na cama. Fiquei sem entender do grito. Passei a mão pelos cabelos sentindo minha cabeça latejar.

Xx:Oh meu Deus!...

Fiz uma careta ao escutar a voz de papai lá na sala. Arregalei os olhos ao lembrar de mais cedo. Olhei para a janela rapidamente, não havia nada, me levantei e fui ate ela, estava trancada.

Eu:Foi um sonho?...-me perguntei, tocando minha cabeça.

Não é possível eu ter sonhado com ele de uma maneira tão grotesca só pelo que ocorreu mais cedo. Observei o céu escuro, as estrelas não estavam o iluminando, infelizmente.

Pai:LOVE!

Levei um susto. Corri até a porta, a destranquei e entrei no corredor. Parei de andar assim que vi a cena mais horrível da minha vida. Eu não conseguia andar, minhas pernas tremeram instantaneamente, minha mão foi até minha boca a tampando rapidamente.

Pai:FILHA! -correu até mim e me abraçou com força.

Eu não conseguia fazer absolutamente nada, meus olhos estavam focados naquela cena aterrorizante.

Eu:Pai...-sussurrei, sem forças.

Pai:Não olhe! Não olhe! -Implorou em meio ao choro- Meu Deus!...POR QUE!?!?

O observei escorregar e cair de joelhos no chão. Sua voz e gritos estridentes me faziam tremer. Ele chorava horrores, as mãos no rosto, o celular caído ao seu lado. Passei por ele devagar e cheguei perto do corpo no começo do corredor.

Eu não conseguia escutar nada, era como se o mundo ao meu redor tivesse parado, não havia mais nada além daquilo a frente dos meus olhos. Olhei para trás e vi papai ao celular, em desespero. Voltei a olhar para a frente.

Eu:Mãe...Mãe...Mãe...-Murmurei.

Lágrimas começaram a escorrer por minhas bochechas em gotas grandes, minhas pernas tremeram e me derrubaram de joelhos no chão.

Sentia meu peito doer.

LOVE OFF

~●~

Love não conseguia acreditar no que via, seu cérebro havia parado, assim como o mundo a sua volta. A cena de sua mãe coberta por sangue e a caixa torácica aberta, a tirava o fôlego, as lágrimas a afogaram descaradamente. Quando sua garganta a deixou respirar, seus gritos de dor tomaram o lugar vago, o grito estridente, alto, desesperador.

Love:MÃE!! MÃEEEE, NÃO! POR FAVOR!

Implorava, abraçada ao corpo gelado de sua mãe, não ligando para o sangue que sujava suas vestimentas. Seu pai que ligava para a ambulância, tentava conseguir explicar a situação para a atendente, mas estava difícil, os gritos da própria filha os deixavam a beira da loucura. Seu coração doía demais pela situação, mas se cortava muito mais por saber que nunca conseguiria tirar a dor de sua filha, a imagem de sua cabeça.