Gongju pt 1

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21 de maio - madrugada

- Aonde você vai? - Abriu os olhos devagar.

- Tem alguém vindo - Pegou a arma - Fica aqui.

- Mas-

Antes que o ômega pudesse protestar, o alfa já havia saído, se esgueirando pelas árvores e observando para além da escuridão.

- Eu posso sentir o cheiro de vocês - Falou alto e mirou em uma direção.

- Eu sei que pode - O outro alfa apareceu.

- Espera, não atira - O companheiro se colocou na frente da arma - Ele está ferido e com um ômega.

- Eu disse pra você ficar lá dentro.

- Eu não me lembro de ter dito que obedeceria.

- Amor, você não-

Antes que o mais velho fosse protestar, o ômega se aproximou e analisou o casal.

- Vocês precisam de ajuda.

- Po-por favor nos ajude - O ômega implorou - Por favor.

Se virando para o marido, o pediu com os olhos.

- Você tem certeza?

O ômega colocou as mãos na cintura.

- Eu sempre acabo fazendo o que você quer - Revirou os olhos e abaixou a arma- Podem entrar.

O casal suspirou aliviado.

- Precisamos conversar sobre essa sua impulsividade - Susurrou para o menor enquanto entravam.

- Não sei do que está falando, alfa.

POV JENO

- Vocês vieram de Incheon então.

- Tivemos que sair o mais rápido possível de lá. Renjun sentiu que algo ia acontecer, então viemos pra cá.

- Sentiu algo? E como chegaram até nós? Gongju não se atravessa a pé.

- Achamos a cabana de vocês enquanto andávamos pela mata.

Renjun se espremeu ainda mais no meu abraço.

- Ele está bem? - O outro ômega perguntou.

- Ele está assustado, meu amor - O marido o puxou para si - Deixe-os descansar. Descansem. De manhã conversamos.

- Se precisar de qualquer coisa é só nos chamar.

O alfa puxou o ômega escadas acima, nos deixando sozinhos na sala.

Suspirando, coloquei Renjun deitado na cama improvisada que o casal fez para gente.

Ele rapidamente começou a resmungar.

- Jenoo.

- Estou aqui - Beijei seu rosto e passei as mãos por sua barriga - Nós estamos - Descansa, meu amor - Sussurrei - Estamos a salvo agora. Não... Não chora. Não chora, meu amor - Beijei suas bochechas molhadas - Está tudo bem.

- Seus machucados-

- São só machucados. O ômega já me deu curativos, hm? Me perdoa por ter sido assim.

- Não foi sua culpa - Me puxou, se aconchegando em meu peito.

- Nem sua. Estamos vivos, é o que importa. Estamos bem.

A noite foi difícil.

Renjun demorou a dormir, teve muitas crises de choro, preocupado com o que poderia nos acontecer. Eu o entendia... Estava da mesma forma.

Hold My Hand - I'm here.Onde histórias criam vida. Descubra agora