happy ending | noart

23- I'm yours, Deinert.

Ela está em cima de mim, entrelaçando nossos dedos e com a boca sobre a minha.
Pensei diversas vezes que isso fosse um sonho, de verdade.

Sina interrompe o beijo para me olhar, e eu correspondo. Passo longos segundos olhando sua expressão, finalmente calma.

- Oi. - Ela diz.

- Oi. - Sorrio.

- Senti falta disso. - Ela passa a mão pelos meus cabelos.

- Achei que precisava de tempo.

- Tempo é o que eu menos preciso agora, Noah... Eu passei a tarde inteira pensando nisso. Pensando em como todos os problemas que envolvem a gente são insignificantes. - Ela ri. - Todo esse tempo eu fingi que ligava pro Cameron ou pros nossos pais ou qualquer outra coisa, mas eu não ligo. Eu só queria fugir doque você me faz sentir.

- E não quer mais?

- Não.

- Eu também não. - Ponho minha mão em seus cabelos.

- O que isso significa, então?

- Que você obviamente não vive sem mim. - Mostro a língua

- Vai se foder! - Ela ri e me dá um soquinho. - É sério!

- Ok, ok! Bom, significa que temos algo.

- Acho que podemos fazer um... Um... Sinoamento!

- Desculpa, um o que?!

- Sinoamento. Sina + Noah + Relacionamento.

Rio como se não houvesse amanhã. A cabeça dessa garota funciona mais para fazer esquisitisse que coisa normal.

- Beleza, o que seria isso? - Pergunto ainda me recompondo.

- Nós criamos as regras. Nós entendemos os limites. É nosso.

- Ok, então acende a luz e pega um papel.

Ela dá pulinhos e um sorriso. Deixa até um selinho antes de ir atrás do papel e a caneta. Boba.

- Certo, então você começa. - Ela senta ao meu lado com o caderno e a caneta nos lábios. - Podemos acrescentar mais coisa depois.

- Regra número um: Você é minha quando estivermos juntos.

- Então se você não estiver comigo, eu posso beijar outras pessoas?

- É, que seja. Não sou seu dono cem por cento do tempo.

- Mas-

- Regra. Número. Um. - Digo pausadamente.

- Ugh! - Ela revira os olhos e anota. - Portanto a regra número um também te engloba. - Sina afirma de maneira desafiadora.

- Não, não, calma lá.

- Então vai se foder. Porque eu tenho que ser só sua nas festas enquanto eu vou ter que ficar te olhando engolir a boca de uma vaca de esquina? Não sou puta alugada.

- Ok, ok! Você está certa. Põe logo aí.

A verdade é que eu sou dela de qualquer maneira. Não tenho conseguido ficar com ninguém direito desde que ela aconteceu, de qualquer maneira. É só que a ideia parece assustadora de começo, tipo meio limitante, sabe?

- Bom mesmo. Agora regra número dois: Ninguém pode saber até segundas instâncias. Ninguém.

- Mason precisa saber. Ele tem que ser uma exceção.

- Tá, só o Mason e a Chloe. Mas só os dois, é sério!

Ufa. Não contar uma bomba dessas para o Mason me mataria de todos os jeitos. Jamais isso seria possível.