Grom

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Emira respirou fundo pela centésima vez naquela noite

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Emira respirou fundo pela centésima vez naquela noite. Mas não era uma respiração de alívio nem e relaxamento; era uma respiração de frustração. Estava irritada. Havia acabado de tomar um bolo no dia do baile, juntamente com seu irmão. Edric também estava irritado, mas não a ponto de chorar como Emira estava.

A música continuava tocando, e o Blight se via cada vez mais constrangido de estar passando por aquela situação com a irmã. Era incrível como parecia que todos ali tinham um par e eles eram os únicos sem ninguém.

Emira abraçava as próprias pernas e fungava enquanto tentava segurar o choro. Edric havia colocado a parte de cima de seu terno sobre os ombros dela, tentando fazer com que a situação parecesse um pouco menos pior.

- Quer dançar? - ele perguntou baixinho, imaginando que talvez aquele convite pudesse melhorar a noite. Emira o fuzilou com os olhos.

- Dançar com meu irmão no baile da escola?! Acha que eu já não fui humilhada o bastante por hoje, Edric?? - ela rosnou.

- Foi só uma sugestão! Não precisa ser grossa... - o rapaz reclamou de volta. - E você não foi a única aqui que levou um bolo, sabia?

- Olha, sinceramente, eu sabia que a noite ia acabar assim. Eu falei: "Ed, não podemos deixar 'pra arrumar um par na última hora, senão todo mundo vai arrumar um par menos a gente", mas você falou: "Que nada Em, vai dar tudo certo, é claro que a gente vai arrumar um par..." - ela disse com um tom explícito de deboche na voz. - E agora eu estou aqui toda arrumada sem ter ninguém 'pra poder...

- Ahn... Com licença? - uma voz atraiu a atenção dos dois, interrompendo a pequena discussão entre os gêmeos. Os dois viraram a cabeça ao mesmo tempo, e os olhos de Emira literalmente brilharam ao dar de cara com ela... Os cabelos castanhos presos em um coque propositalmente bagunçado, o vestido azul colado ao corpo e que só tinha alça no ombro direito... Sem falar do par de botas que, por mais que não combinasse muito com a delicadeza do vestido, eram marca registrada da morena e lhe caíam absurdamente bem independente do que ela escolhesse vestir. Os lábios de Emira falaram praticamente sozinhos:

- Viney... - ela falou em um sussurro apaixonado. - V-Você está incrível... - elogiou, arrancando um sorriso por parte da mais nova.

- Obrigada, Em... Você também... - ela se perdeu momentaneamente nos olhos da esverdeada antes de se lembrar que não estavam sozinhas. Recuperou a pose e tornou a falar: - Ahn, desculpe por atrapalhar a conversa de vocês, mas... Emira, eu queria saber se você não gostaria de dançar comigo... - Viney perguntou com voz trêmula e um leve receio da resposta.

- S-Sério? - ela perguntou sem nem acreditar.

- Você não tem que aceitar se não quiser, eu só achei que... - ela tentou recuar, mas a esverdeada prontamente interrompeu.

- Eu quero! - ela se levantou de imediato, deixando que o blazer de Edric caísse sobre as arquibancadas nas quais estavam sentados. Em um momento, esquecera de todos os maus bocados que passara naquela noite e tratou de segurar as mãos dela. - É claro que eu quero... - ela falou com um sorriso, que Viney imediatamente retribuiu.

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