Ala Hospitalar

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Draco se sentia relaxado e descansado mas não sabia onde estava. Sentiu seu corpo deitado sobre algo macio e imediatamente reconheceu que estava deitado sobre uma cama, em algum lugar. Assim que conseguiu reunir forças o loiro abriu os olhos azuis acinzentados e, quando sua visão entrou em foco, ele reparou que estava na ala hospitalar da escola.

Quando correu os olhos por seu corpo notou que estava com um pijama padrão, que todos os alunos utilizavam quando acabavam tendo que passar uma ou mais noites naquele lugar. Não entendia, porém, como viera parar ali. A ultima coisa da qual se lembrava era Potter vindo na sua direção parecendo extremamente preocupado. Tentou se levantar mas uma voz autoritária o impediu:

- Nem pense nisso senhor Malfoy! O senhor levou uma pancada forte na cabeça, precisa descansar o máximo de tempo possível.

Draco se virou para o lado e encontrou Madame Ponfrey caminhando até ele com um semblante sério. A Mulher parou ao lado da sua cama e continuou:

- O senhor passará a noite em observação, deu sorte, poderia ter sido muito pior. Antes que eu me esqueça, preciso lhe avisar - A mulher ajeitou alguns medicamentos sobre a mesinha ao lado da cama - Diante da gravidade da situação o diretor Dumbledore permitiu que o senhor passasse essa noite com um acompanhante para lhe fazer companhia. Eu relutei mas acabei cedendo ao pedido do diretor. Daqui a pouco o amigo designado aparecerá. Agora, trate de ficar quieto.

Foi somente depois que Madame Ponfrey se retirou para sua sala que Draco notou que já era tarde da noite. Ficara desacordado quase um dia inteiro? Madame Ponfrey não estava exagerando quando disse que a batida que levou an cabeça era realmente séria. O loiro deitou a cabeça novamente no travesseiro e esperou pelo amigo que chegaria para lhe fazer companhia.

- Eu não acredito que você realmente se voluntariou para isso - A voz de Rony ecoou no dormitório da grifinória que era dividido pelo ruivo, Harry, Simas, Dino e Neville - Fala sério, era só pedir desculpas e fingir que nada aconteceu!

- É minha responsabilidade Ron! - Harry respondeu, de forma categórica - Não ia me sentir bem simplesmente o largando lá e depois pedindo desculpas, como se não tivesse feito nada. Nós brigamos, foi uma briga horrível e ele acabou machucado. Madame Ponfrey disse que, por sorte, não foi pior.

- Eu acho que o Harry está certo - Neville disse, se sentando em sua cama e cruzando as pernas - Além disso, quem sabe essa não é a oportunidade perfeita para que o Harry e o Malfoy se acertem. Estamos no sexto ano e eles ainda agem como se estivéssemos no primeiro. É bem infantil.

- Eu já ouvi até a Granger falando isso cara - Simas disse, levantando os olhos do livro de transfiguração que estava lendo deitado em sua cama - Com Harry e Malfoy se acertando muito estresse vai ser evitado pelos corredores e aulas dessa escola. Tem meu apoio Harry!

- Obrigado Simas - Disse Harry abrindo um sorriso na direção do amigo - E obrigado também Nev. É bom saber que posso contar com apoio de vocês.

O moreno então se virou e, quando terminou de arrumar sua coisas, sentiu alguém pousar a mão em seu ombro. Se virou e deu de cara com Rony, o amigo lhe lançou um sorriso mínimo e contido mas e o grifinório entendeu na hora o significado. Mesmo que não tivesse expressado em palavras, no fim, Rony também apoiava sua decisão.

20 minutos depois Harry estava parado na porta da enfermaria com sua mente tomada de dúvidas e reflexões. E se Malfoy não quisesse a presença dele ali? E se o irritasse e acabasse piorando o estado dele? Ele já teria acordado? Será que o perdoaria? Será que, se resolvendo com ele, teria uma chance de conseguir concretizar e externar seus sentimentos pelo loiro? Se, mesmo se acertando, Malfoy o rejeitasse ele aguentaria a rejeição?

Ala Hospitalar - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora