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Julie Florence

Tenho 22 anos, sou mãe, namoro e amo viver do que eu gosto. Esse é o básico sobre mim! Coisas que parecem não ser tão relevantes mas que, quando contadas, deixavam algumas pessoas de queixo caído. Talvez a minha aparência fosse o motivo! O rosto angelical com um olhar sereno e inocente. Segundo Gustav, isso que o fez se apaixonar por mim.

Gustav. Meu namorado! Já faz algum tempo desde que ouvi ele me dizer coisas lindas e apaixonantes nesse nível. Nos últimos meses tem sido tudo tão estranho, sem vida e sem cor na nossa relação. Confesso que nem o conhecia mais. Suas ações repugnantes, grosserias, securas...Nunca havia visto isso! Nem imaginava que ele seria capaz de cometer certas coisas, incluindo uma na qual eu odeio citar. Ninguém sabe do ocorrido. Somente eu, ele e Deus.

Gabriela. Nossa filha! Uma princesa de cachinhos e olhos azulados. Gabi era muito espertinha desde cedo. Porém, felizmente, certas situações ela não entendia o motivo de acontecer. Principalmente quando seu pai se alterava comigo ou até mesmo com ela sem um motivo concreto. A última vez que isso aconteceu foi há dois dias atrás. Gustav saiu por aquela porta sem dizer mais um "a" e muito menos respondeu ou recebeu minhas mensagens. Prometi não correr mais atrás de algo assim e que, se ele quisesse, teria que me procurar onde quer que eu esteja para concertar tudo. Aliás, nem em Paris eu e nossa filha iríamos estar a partir de amanhã! Estava de viagem marcada para o Brasil à trabalho esta noite.

Brasil! Esse é um dos meus lugares favoritos, ainda mais por ser o país natal do meu pai. Eu amo viajar para lá, seja a trabalho ou simplesmente por lazer. A cultura, os lugares, a culinária! Tudo tão atrativo. A energia do brasileiro era tão contagiante e bela. Não tinha mais elogios!

Sei que quando citamos lá, lembramos do Rio de Janeiro ou São Paulo...Mas essas não foram as únicas cidades que visitei até então. Em 3 anos, acho que já conheci mais de 10 lugares por lá. Sempre levando comigo a minha maior companheira! A câmera fotográfica. Brasil e fotografia sempre tinham muito em comum.

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Já estava no avião, pronta para voar pelo os ares, quando recebi uma mensagem no meu telefone. Era uma moça chamada Clara perguntando sobre um possível patrocínio e algumas sessões de foto com os garotos de uma gravadora. No começo, resolvi não aceitar! Nem sabia sobre o que se tratava e muito menos quem era cada rapaz. Porém poderia ser uma grande oportunidade de trabalho! Mas tinha outros assuntos em mente por agora, em principal os que envolviam minha vida pessoal.

ㅡ Papai não vem? - Escutei Gabriela questionar um tanto embaralhada após repousar a cabeça sobre meu braço. Tudo que fiz foi a abraçar e deixar um beijinho em sua testa.

ㅡ Não, meu amor. O seu pai não vem! Será apenas eu e você em um lugar maravilhoso. - Meu tom de voz saiu calmo apesar de estar segurando o nó diante minha garganta.

Às vezes me questionava se o problema era eu mesma. Talvez o meu ser não fosse tão interessante assim. Pelo menos não mais comparado ao início de toda essa história que resolvemos dar início com objetivo nos quais, hoje em dia, não existem. Queria que ao menos o Gustav fosse um pai presente para nossa filha. Queria vê-lo dar todo aquele amor à Gabi, aquele que jurou para mim ser existente.

𝐓𝗵𝗲 𝗣𝗵𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗽𝗵𝗲𝗿 | 𝐖𝐈𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora