#06

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Julie Florence

Foi bem agradável conversar e conhecer as pessoas daquela sala. A história de cada um era surpreendente. Agora consigo entender porque muitas pessoas os levam como inspiração! Me sentia confortável e super acolhida com todos. Além de mim, Gabriela estava aproveitando também! Se encontrava no colo do Wiu e sendo mimada pelo os outros dois. Os risos fofos dela eram possíveis de se escutar à uma certa distância.

ㅡ Parece que alguém está se divertindo bastante por aqui. - Clara comentou me entregando uma garrafa de água. ㅡ Não sabia que você conhecia o Vinicius.

ㅡ É...Nem eu sabia que esse era o nome dele. - Soltamos algumas risadas observando os garotos. ㅡ Que mundo pequeno, não?!

ㅡ É engraçado isso, né? Mas o destino nos prega peça às vezes. - Bebeu um pouco de sua água após comentar. ㅡ Espero que você se dê bem com os meninos igual a Gabriela.

ㅡ Sinto que ela vai aproveitar mais do que eu. - Respondi irônica. ㅡ Porém não se preocupe! Irei procurar alguém que cuide dela enquanto trabalhar com vocês.

ㅡ Não precisa disso, Julie! Olha só. - Apontou para os garotos. ㅡ Até o Matheus adorou ela. Eu posso te afirmar que sua filha não vai nos atrapalhar em nada. Pode ficar tranquila! - Repousou a mão sobre meu ombro tentando me levar segurança.

ㅡ Escutar isso me deixa muito feliz! - Respondi sorridente. ㅡ Obrigado por tanto carinho! Fico extremamente agradecida.

O silêncio que se instalou entre mim e Clara logo após não era algo desconfortável! Estávamos tão vidradas com as cenas logo à frente, que nos deixamos levar por pensamentos.

ㅡ E o pai da Gabi, Julie? - Veio a perguntar minutos depois.

Naquele momento eu suspirei virando de costas para repousar a garrafa sobre a mesa logo atrás. Quando notou um certo desconforto meu, ela até tentou se desculpar, porém eu disse que estava tudo bem e sorri fraco.

ㅡ Sei que pode parecer estranho dizer isso, mas eu não sei onde ele está agora. - Sussurrei a última parte envergonhada. ㅡ Tem sido estranho nos últimos meses. Nossa relação acho que nem existe mais. Para mim morreu quando... - Ao notar que iria dizer sobre o ocorrido, felizmente agradeci por Matheus ter chegado no mesmo instante e barrado isso.

ㅡ Quando o que? - Clara questionou séria ignorando seu marido. ㅡ Espera, Matheus! Eu quero que ela me conte o que aconteceu. Ele machucou você?

ㅡ Depois eu falo com você sobre isso, Clarinha. Com licença. - Assenti com a cabeça e um sorriso fraco antes de me afastar dos dois.

Fugir desse assunto era a melhor opção vista por mim sempre. Era algo que me magoava, mas que tentava fingir que não existia.

ㅡ Tudo bem? - Escutei a voz do Wiu me perguntar. ㅡ Parece estar pensativa com alguma coisa.

ㅡ É, eu estou bem sim. Obrigada. - Me sentei ao lado dele segurando a mãozinha de Gabi para distribuir carinhos. ㅡ Talvez eu esteja pensativa por algo que a Clara me questionou agora a pouco.

ㅡ Sobre o seu marido? - Coçou a nuca.

ㅡ Eu não tenho marido, Wiu. - Soltei alguns risos negando com a cabeça. ㅡ Tenho somente um namorado...Porém não sei se ainda existe esse relacionamento já que ele sumiu a quase uma semana e não disse para onde foi. Sempre sobra para mim correr atrás, tudo que acontece é minha culpa e às vezes sobra até para a Gabi. Não gosto disso! Odeio, para ser sincera.

ㅡ Caralho... - Escutei ele sussurrar o palavrão para a pequena em seu colo não escutar. ㅡ Nunca iria esperar isso se você não me contasse sobre. De qualquer maneira, eu sinto muito.

ㅡ Está tudo bem. - Disse enrolando cachinhos de minha filha. ㅡ Acho que já vou indo! Preciso descansar para amanhã...Já temos sessão marcada, viu?! Vou entrar em contato com o estúdio que a Clara me mandou.

ㅡ Ah sim, claro! Vai ser um prazer ter sua presença. - Se levantou junto a mim para entregar Gabi em meus braços. ㅡ Eu também já estou indo, você quer uma carona? Se tiver no mesmo hotel ainda.

Até tentei criar alguma desculpa naquele momento, mas nada foi convincente! Cleriton e Matheus quase me empurraram para a mesma Van que iria levar o Vinicius até o hotel só para eu aceitar. Porém no final acabei indo por vontade própria.
O caminho foi tranquilo apesar de silencioso. Raramente puxavamos um assunto, mas estava sendo bem melhor assim. Quando chegamos no hotel, nos despedimos e cada um foi para o seu quarto. Que dia! Apesar da correria agora no final felizmente tudo havia dado certo.

𝐓𝗵𝗲 𝗣𝗵𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗽𝗵𝗲𝗿 | 𝐖𝐈𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora