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Wiu

ㅡ Para, Vinicius! - Ela implorava tentando segurar meus pulsos.

Aquela risada era tão gostosa de se escutar! Agora mesmo que iria fazer de tudo para conseguir ouví-la.

ㅡ Então confessa! - Exclamei.

ㅡ Você é lindo, porra! Agora para. - Ela quase gritou em meio aos risos ainda tentando me fazer pausar as ações.

Sei que na hora eu parei, mas não pelo pedido e sim por notar a forma como estávamos. Praticamente meu corpo estava sobre o dela. A prendendo por baixo do meu. Não só isso, mas também nossos rostos estavam com alguns poucos centímetros de distância. Inclusive era possível sentir a respiração quente e ofegante tocar meu rosto enquanto se recuperava do ocorrido. Nossos olhares se encontraram. Ela era tão bonita! Aqueles olhinhos esverdeados davam um destaque a mais na sua beleza. A pele morena tão macia e cheirosa também. Um pequeno impulso me fez subir uma das mãos até o rosto angelical, podendo acariciar as bochechas avermelhadas com cuidado.

ㅡ Você é tão linda. - Sussurrei.

Infelizmente aquela cena toda durou pouco. Quando escutamos o pessoal, que saíram e levaram Gabriela até um café aqui perto, rapidamente me levantei caminhando em direção a porta. Que logo veio a ser aberta por Matheus.

ㅡ Tudo bem aí, irmão? - Ele perguntou um tanto confuso.

ㅡ Ah...Claro! Tudo ótimo. Estava observando a Julie editar algumas fotos e selecionei as minhas favoritas. - Tentei explicar coçando a nuca.

ㅡ Hum...Sei. - Respondeu desconfiado. Ok, o Matheus me conhecia bem para caralho e provavelmente já sabia o quanto eu estava mentindo.

ㅡ Por que você está vermelha, Julie? - Ouvi Clara questionar, mas não levei minha atenção até ambas. Passei a brincar com Gabi e alguns brinquedos que ela ganhou.

ㅡ Porque o Vinicius é um idiota e ficou me fazendo cócegas até eu dizer que ele é bonito. - Respondeu indignada, mas sua voz era tão fofa que nem dava para levar a sério.

ㅡ Cócegas, é?! - Escutei Cleriton se aproximar de mim. ㅡ Dessa vez não colou a desculpa.

ㅡ Eu sei onde você quer chegar, mas não vai ser assim. - Arqueei as sobrancelhas apontando para Gabriela sentada na minha frente. Fiz aquilo com intuito do Savio ficar em silêncio, como forma de respeito a ela.

ㅡ Depois você me conta o que rolou de verdade, senhor bonitão. - Disse irônico antes de se sentar no chão ao lado da pequena.

. . .

Já era de noite quando cheguei no meu quarto do hotel. Passei o dia com o pessoal e a Julie ficou com a gente o tempo todo! Tinha motivos além daquele que rolou no estúdio para estar todo feliz. Confesso que até acabei criando um carinho imenso pela filha dela! Sempre que me encontrava, a pequena seguia para os meus braços. Os colares em meu pescoço sempre eram motivos de entretenimento para ela enquanto sua mãe apenas observava a cena com aquele sorrisinho de canto.

Depois de tomar um banho, me joguei no sofá suspirando. Ao fechar os olhos aquela cena de mais cedo voltou a dominar minha mente. A forma como estávamos próximos, a respiração ofegante, o rostinho avermelhado da morena. Só vim perceber que um sorriso se traçou em meus lábios quando reabri os olhos e observei o teto por alguns minutos. Apesar do cansaço, eu fiquei ali. Pensando. Porém a paz sempre dura pouco! Escutei a campainha tocar e acho que já sabemos por quem eu torcia para ser! Mas a felicidade também dura muito pouco.

𝐓𝗵𝗲 𝗣𝗵𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗽𝗵𝗲𝗿 | 𝐖𝐈𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora