— Mark está enfurnado no quarto o dia inteiro, será que devemos chamar a polícia? Uma ambulância? — Perguntou Joey a mãe brincando.
— Não faça alardes mas o quarto está cheio de papéis, acho que ele está compondo. — Havia um pequeno brilho nos olhos da senhora e em seu tom entusiasmado, amava pensar na possibilidade do filho retomando os palcos e fazendo o que tanto amava.
Mas também amava tê-lo ali por um tempinho a mais, Mark sempre estava fora viajando e fazendo shows, as vezes seus pais e irmãos iam assisti-lo para matar um pouco da enorme saudades que sentiam, todos sempre se deram muito bem e estar entre família era o hobby deles.
Mark dentro do quarto escrevia sem parar mas nem sempre gostava do que saia e as folhas amassadas ao redor demonstravam isso.
Jessie estava focada no trabalho, talvez fosse mais para não focar no problema que estava sendo Peter e a relação dos dois.
— Ele me ligou dizendo que estava se sentindo péssimo pela forma como têm agido comigo. — Diz Jessie enquanto estava em uma chamada com Abby, assim que a garota entra no quarto, sua bolsa é arremessada para cima da cama e ela se senta na beira da janela olhando para o por do sol do lado de fora.
— E você disse o que? — A amiga perguntou.
— Disse que estava tudo bem e que ele não precisava se preocupar...
— Ah Jessie, você não pode ser flexível enquanto a isso, se não ele vai achar que é só dizer que está arrependido que tudo vai ficar bem. Precisa colocá-lo no seu devido lugar. Ser firme.
— Meu coração é muito mole Abby, você sabe. — Jessie suspira — Nós vamos sair hoje para ir ao cinema.
— Aproveite para conversar com ele sobre isso!
— Eu vou tentar, beijoca...
— De minhoca...
Abby bufou assim que desligou a chamada, no mesmo instante Mark saiu do quarto e todos olharam para ele, o que foi engraçado porque ele pareceu não ter ideia do porque de todos estarem o encarando.
— Perdi algo? — Ele pergunta e eles negam com a cabeça — Eu sou uma assombração?
— Sim Mark, você morreu e agora tá aqui assombrando a gente.
— Não fale besteira. — Joey recebe um beliscão da mãe e resmunga baixinho furioso e esfregando o local agora latejante.
— Era a Jessie? — Joey perguntou olhando para a sua noiva sentada no sofá ao seu lado e ela assentiu que sim — Como ela está? Ainda batendo cabeça com o idiota do Peter? — Abby suspirou e assentiu que sim — Odeio ele.
— Eu também, queria tanto que ela se valorizasse mais, ela é tão bonita, inteligente e cheia de entusiasmos, Peter parece sugar tudo isso dela.
— Não devemos julgar a relação deles assim, as vezes coisas desse tipo acontecem e uma hora ou outra ele vai perceber o quanto ela é uma boa menina... — Disse Dorine para Joey e Abby.
— E enquanto ele não percebe ela faz o que? Atura ele sendo um idiota? — Dessa vez foi Mark quem se pronunciou com uma das sobrancelhas arqueadas para a mãe e de braços cruzados —Uma pessoa boa não deveria passar por isso nem se no futuro fosse para ser valorizada. — Todos estavam olhando atentamente para o pronunciamento de Mark e ele deu de ombros. — É isso o que eu penso mas quem sou eu para falar alguma coisa, não é?
Ele virou-se de costas e seguiu em direção a cozinha para pegar uma latinha de refrigerante, Joey deu um pulo do sofá ainda acariciando o local onde havia levado um beliscão e seguiu o irmão, ele não disse uma palavra e Mark não deu a mínima para ele até que ele pigarreou.
— Diga. — Mark suspirou e disse se virando de frente para o irmão que agora tinha os cotovelos apoiados na bancada da cozinha. — O que você quer, Joey?
— Nada não, mas de repente você começou a... digamos que a se interessar pela vida da Jessie?
— Ela é legal. — Disse Mark novamente dando de ombros e bebendo um gole da sua Coca-Cola
— E também é bonita... —Joey insistiu e Mark o encarou
— E não faz o meu tipo. — Disse Mark com um sorriso sem entusiasmo para Joey.
— A qual é Mark, nenhuma garota faz o seu tipo agora?
Ele decide não responder o irmão, Mark passa direto por ele e entra no seu quarto mais dessa vez tranca a porta e se afunda em seus papeis.
...
— Chega disso Jessie! — Peter gritou na frente de todo mundo enquanto estavam na fila para comprar os bilhetes do cinema. — Você me sufoca.
Ela não disse uma palavra, engoliu em seco e sentiu suas bochechas queimarem, as pessoas ao redor cochichavam sobre eles dois e mais precisamente sobre ela, sobre o quanto ela parecia ser chata por pedir que ele segurasse a sua mão naquela noite como qualquer outro casal apaixonado faria, mas eles já não estavam mais nesta fase da relação, estavam distantes e as mentiras e atrasos de Peter tinham 90% de culpa.
Os outros 10% Jessie usava acreditava ser sua culpa, acreditava que talvez tivesse falhado como namorada de Peter, como amiga e todo o resto, mas a verdade é que ele já não queria estar naquela relação a muito, muito tempo.
— Você é um covarde... — Cochichou ela para si mesma mas ele a ouviu, franziu o cenho e a puxou em direção ao seu carro, Jessie não reclamou, não chorou ou resistiu, Peter a enfiou no veiculo e quando entrou, começou a gritar.
— Tudo o que tenho feito é tentado ser melhor para você porque você não para de reclamar, porra você só reclama Jessica! Juro que estou quase desistindo de você, de nós e é tudo sua culpa, você não me deixa respirar.
Ela concordou de cabeça baixa e Peter ligou o carro.
— Você quer que eu termine com você? É isso o que quer? Diga de uma vez por todas.
— Se você não me quer mais na sua vida é só dizer, Peter. Eu não vou implorar para que você fique comigo, siga a sua vida que eu sigo a minha.
— É isso então? Vamos terminar assim?
Jessie suspirou e deixou ser levada para onde quer que ele estivesse indo, nenhum dos dois disse mais nada mas no fundo ela sabia que ele estava feliz com aquilo, feliz porque queria se livrar de Jessie a muito tempo mas nunca teve coragem, não queria sair como vilão da historia.
— Pode me deixar na Abby, por favor?
Ele assente que sim e dirige em direção a casa.
— Jogue fora as minhas coisas que estão na sua casa, não quero ter que voltar a vê-la depois de tudo. — Disse ele.
Jessie desceu do carro assim que ele estacionou, Abby já estava avisada sobre sua ida até lá mas quando bateu na porta, quem abriu foi Mark. Os olhos de Jessie estavam pesados e tristes brilhando por conta de todas as lagrimas que estava segurando naquele momento. Ela engoliu em seco quando viu o rapaz a sua frente e esforçou-se para conter suas malditas lagrimas.
— Tudo bem? — Ele perguntou e ela assentiu que sim olhando para as pontas dos pés, ele tinha que fazer essa pergunta justo agora? — A mentira está estampada no seu rosto, o que aconteceu?
— N-nós terminamos... — Ela falhou em segurar as lagrimas, seu rosto agora estava vermelho, quente e úmido, Mark a puxou para um abraço acolhedor no mesmo instante, Jessie deitou sua cabeça no peito do rapaz centímetros mais alto e chorou tanto que os seus ombros sacudiam, quando Abby saiu do banheiro, viu as costas de Mark na porta de entrada e não deu um piu.
— Sinto muito que você tenha passado por isso, Jessie, mas ele não era bom para você, logo logo vai perceber isso e perceber o seu valor... — Abby ouvia atentamente o que o cunhado dizia para a melhor amiga. — Vamos entrar e tomar alguma coisa, tudo bem? — Jessie assentiu contra o peito do rapaz e Abby correu para o quarto de Joey.
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A Piece Of Us | Mark Tuan | Got7 HIATUS
FanficOnde Mark Tuan era um grande solista famoso mas resolve dar uma pausa dos holofotes e começar a "viver". #38 em Mark Tuan