CAPÍTULO OITO

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" Preciso que você e Maverick venham até aqui. "

Assim que ouço o som da notificação de meu celular no meio do dia sem nenhum aviso prévio sinto um arrepio percorrer pelo meu corpo, ainda mais quando vejo que a mensagem era de meu pai.

" Aconteceu algo? "

" Apenas venham. "

— Está tudo bem? — Phoenix e Bob me lançam um olhar preocupado e saio do meu transe olhando para eles assentindo fraco com a cabeça.

— Apenas meu pai pedindo para que eu vá visitar. Vocês viram o Mav? — questiono e começo a procurar ao redor do refeitório com os olhos, a dupla nega com a cabeça e me levanto do banco, andando pelo local a procura de Maverick.

Saio dali e me dirijo até o campo de treinamento, avistando rapidamente o mesmo com os passos apressados olhando para a tela do celular.

— Maverick, você...

— Recebi. Quer uma carona? — o mesmo me interrompe e me abraça de lado, apenas concordo e vamos em direção a sua moto parada não tão longe dali. Ele me entrega um capacete e coloco o mesmo, em seguida subindo na garupa e esperando o mais velho dar partida.

[...]

Chegamos lá e pude perceber que a casa continuava a mesma. Era grande, mas nada majestoso. Aconchegante, com paredes brancas, as portas com vidros dos quais poderíamos ver todo movimento que ocorrera na residência, um quintal bem cuidado e a varanda na parte da frente com vista para a rua eram coisas que não haviam mudado nada com o passar dos anos. Maverick para sua moto em frente à casa e descemos do veículo, o frio na barriga e os arrepios vão se instaurando novamente em meu corpo e olho para Mav com desassossego, ele apenas apoia sua mão em meu ombro e sussurra um "Está tudo certo", assinto de maneira apreensiva e vou em direção a porta. Aperto a campainha e posso ver a movimentação através dos vidros.

— Maverick. Olivia, que bom que vieram — Sarah diz sorrindo de orelha a orelha e nos cumprimenta respectivamente na ordem de sua fala. Olho ao redor e muitas lembranças vieram à minha cabeça, os diversos porta-retratos em cima da estante eram o que mais chamavam atenção, era uma coleção deles. Fotos do casamento de Iceman e Sarah, muitas fotos minhas ao lado de meu pai. Sorrio de maneira serena e pego um dos quadros analisando bem a foto.

— Ele teve alguma melhora? — pergunto logo virando minha atenção para Sarah, ela apenas sorri e faz um movimento com a cabeça.

— Sim, Liv, ele está te esperando no escritório. Sabe onde fica, né? — a mais velha indica a direção correta e concordo com a cabeça, indo até o cômodo.

Assim que chego em frente a ele percebo que a porta está entreaberta, respiro fundo pelo menos três vezes antes de dar uma batida na mesma e abro-a com cautela. Ele estava lá. Parado. Em frente ao computador. Percebo o mesmo tossir algumas vezes e sinto meu coração apertar ao vê-lo nesse estado, sinto minhas bochechas esquentarem e meus olhos levemente marejarem, preciso ter autocontrole nessas horas para não preocupá-lo, então apenas respiro fundo e faço uma expressão de amabilidade.

— Como é que vai meu Almirante favorito? — digo de maneira descontraída e o mais velho direciona sua atenção à mim, sua feição é leve e um sorriso singelo se esboça em seu rosto, fecho a porta e puxo uma cadeira para me sentar ao seu lado, analisando-o como cautela, vejo ele digitar algo e franzo o cenho olhando cada letra que aparecia na tela do computador.

TOP GUN: HURRICANEOnde histórias criam vida. Descubra agora