CAPÍTULO TREZE

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                                     MAVERICK

  
    Eu estava completamente perdido. Fui até Hangman perguntar sobre o paradeiro de Olivia, até porque após o fiasco da simulação da missão não a encontrei, então fui até os alojamentos e procurei pelo seu quarto. Fiquei parado alguns minutos completamente imóvel olhando para a porta e a todo momento que pegava na maldita maçaneta eu hesitava, repetindo o mesmo movimento várias e várias vezes.

   — Pete? — assim que ouço sua voz olho permaneço com os olhos fixos na porta. Frost  me chama novamente e assim que me viro para a mesma ela me lança um olhar confuso — O que você está fazendo aqui? Nosso expediente já acabou, não vai voltar para as docas ou ver a Penny? — riu fraco e travo o maxilar no mesmo instante engolindo em seco.

   — Liv... — minha voz falha e a Kazansky cessa o riso no mesmo instante com um olhar de preocupação.

   — Phoenix e Bob estão bem?

   — Sim, eles estão. Irão receber alta logo.

   — Você está... diferente. — ela hesita com um passo para trás analisando minha feição e franzindo o cenho, suspiro pesadamente e as palavras simplesmente não saem, me fazendo pigarrear e olhar para baixo algumas vezes. Percebendo minha dificuldade, Olivia pega em meu braço e me analisa — Mav, por quê não me diz logo o que tá acontecendo? — sua irritação começa a se manifestar e sinto seus dedos apertarem contra minha pele, sinto meus olhos arderem e respiro fundo para não deixar lágrimas tomarem conta, olho em seus olhos e fico com a boca entreaberta por alguns segundos sentindo as palavras ficarem presas em minha garganta.

   — A luta dele acabou, Liv. — Olivia solta meu braço aos poucos e dá dois passos para trás balançando a cabeça para os lados em negação — Eu sinto muito. — olho para baixo e fico assim por alguns segundos — Warlock está ajudando Sarah a cuidar de tudo, amanhã vai ser um longo dia é melhor descansar.

   — Me dê licença, Maverick, por favor. — Olivia sai dali completamente atordoada e fecho os olhos ouvindo seus passos ficarem cada vez mais distantes, recosto na porta apoiando todo o meu peso na mesma.

   — Qual é, Ice. Droga. — lágrimas tomam conta de mim e passo uma das mãos por meu rosto enxugando as mesmas, me dirigindo apressado para longe dos alojamentos indo até as docas.


OLIVIA

  "A luta dele acabou, Liv."

  Essas palavras martelavam na minha cabeça incansavelmente enquanto o som dos meus batimentos cardíacos e a pulsação acelerada se faziam presentes, meus órgãos pareciam estar se contraindo e uma dor aguda se instaura no meu peito, tudo ao meu redor acontecia em câmera lenta, nada mais fazia sentido. Ele se foi. Minha mãe se foi. Quase perdi meus melhores amigos hoje. Eu não me despedi. Aquele dia na casa dele não poderia ser uma despedida. Não. Isso não é justo.

   Dou duas batidas na porta e espero o sinal para entrar do Almirante Ciclone ser feito através do vidro que me permitia enxergar todo o interior de seu escritório, assim que ele autoriza, abro a porta e a fecho rapidamente quando adentro no cômodo.

   — Kazansky. Estavam te procurando. — Ciclone diz ajeitando algumas papeladas de sua mesa e colocando-as em uma gaveta.

TOP GUN: HURRICANEOnde histórias criam vida. Descubra agora