Confissões.

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Um capítulo especial para o feriado de amanhã... Esse capítulo contém cenas mais picantes. Quem não quiser ler, pare onde coloquei a primeira palavra em negrito.

No mais, boa leitura a todos :)

Capítulo 21

Confissões.

Aproveitando o fato de que Hakim havia ficado tão surpreso quanto eu, corri escada acima para fugir dele. Nessas horas eu era uma pessoa covarde que acabava aceitando que o melhor era fugir em vez de encarar o fato de que Hakim conseguia mexer comigo ao ponto de eu falar o que não deveria.

Só que Hakim demorou menos do que eu achei que ele demoraria para reagir. Quando eu estava abrindo a porta do banheiro com a senha, ele apareceu no quarto dele ao meu encalço.

- Você se submeteu a tudo isso porque queria agradar meus pais, porque me ama?- Ele parecia confirmar o que eu tinha dito. Só que eu não queria confirmar a minha gafe e repetir o que eu havia falado pela impulsividade, embora fosse verdade.

- Eu vou dormir, Hakim. Conversamos melhor am... - E Hakim fechou a porta do banheiro que eu tinha acabado de conseguir abrir com a senha. Respirei fundo. Ele estava atrás de mim e, por isso, acabei me virando e ficando de costas para a porta.

- O que você quer Hakim? Quer que eu admita minha gafe de agora pouco? Não precisa se preocupar. Como você mesmo disse, estamos teatralizando um romance, mas não temos nada e eu não vou fugir dessa linha. Só finja que você não ouviu o que eu falei. Tipo o que fazemos quando bêbados falam besteiras. Pense que eu falei isso bêbada de sono e acabou. - E eu ia me virar novamente para abrir a porta novamente, acreditando que o assunto havia terminado, mas Hakim colocou os braços na porta, impedindo que eu conseguisse sair da prisão que ele havia feito para mim.

- Seja sincera comigo, Mah. Eu sou apenas um evento passageiro para você? Você realmente quer que eu esqueça o que ouvi agora pouco? Seria horrível para você se eu dissesse que sinto o mesmo? Ou você prefere que eu me cale? - ele vociferou. Arregalei os olhos sem acreditar nas coisas que saíam da boca de Hakim.

Eu estava sonhando? Era um daqueles sonhos que a gente parece nu nos sonhos e encontra todo mundo o que aumenta ainda mais a humilhação? Era um sonho ouvir o que eu ouvia?

Talvez percebendo que eu estava sem reação por uma razão boa - o que era, de fato - Hakim que era bom em me decifrar deve ter achado que estava escrito na minha testa o que era óbvio: "continue".

- Mah, eu não quero que isso seja um enfadonho para você e tinha muito medo de que estivesse invadindo o seu espaço diante da gama de sentimentos que você me fazia sentir. Tentei diversas vezes não tornar isso mais óbvio do que já era para mim e eu não conseguia esconder. Mas a grande verdade é que por mais que eu queira negar, eu me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi naquele restaurante. Desde o dia que você quase me beijou e quase me matou de dor também. - Hakim foi aproximando seu rosto do meu e eu senti que estava entrando na mesma sensação de quase morrer dele. Meu coração disparava incessante sobre o peito.

- Mas você disse naquele dia que seu pai veio que só era encenação... - Hakim deu uma risadinha muito perto dos meus lábios. Tão próximo que eu sentia a sua respiração nesse tempo.

- Foi a única coisa que consegui pensar em dizer na minha tentativa torpe de fazer com que você não sentisse raiva de mim. Afinal, eu havia invadido o seu espaço. Eu tinha até mesmo invadindo sua língua e mordido seu lábio. Não pareceria um cretino se você não tivesse o mínimo de sentimentos por mim? - E pensando por esse lado, ele estava certo. Contudo, ele estava lidando com uma pessoa que já nutria sentimentos por ele nesse período. Esse era um fato.

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