Capítulo 8

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O menor sobre a cama se remexe lentamente voltando aos sentidos, ao se sentar na cama, no quarto iluminado à meia luz, Kanawut avista um pequeno pedaço de papel e um copo de água ao lado da cama. A mão toca o papel sofrendo um pouco pra ler a palavras ali, alcançando o copo ao lado, ele solta uma pequena risada, antes do grito que tremeu sua mão que segurava o copo, quando a voz mais grave soou ali
- Tome o remédio ao lado também - Suppasit lhe encarava, sentado na poltrona ao fundo do quarto, da qual Kanawut nem tinha reparado até agora. Obedecendo o homem, ainda trêmulo e agora um pouco molhado pela água do copo que ele mesmo derramou. Ele não sabia como agir, engolindo, não só o remédio como também o nervosismo pela presença do outro que se aproxima lentamente ficando quase diante de si - Como sabe meu nome ? - apesar do breu que tomava conta do quarto, Kanawut podia sentir o olhar frio e intenso sobre si - Me... Me desculpe, Fir... First falou tanto que acabei gravado em minha memória - o menor agarra os lençóis diante do silêncio daquele homem, o clic veio, logo depois a chama do isqueiro que acendia o cigarro iluminou o semblante de Suppasit causando o frio pela espinha do garoto. Uma tragada profunda foi dada enquanto os olhos de Mew ainda estava firmes sobre si - O que pretende ? - Kanawut engoliu em seco - O que ? O que quer dizer senhor ? - o cigarro caiu sobre o chão quando o homem avançou em sua direção - Você acha que vou cair nesse teatrinho? - a mão de Suppasit envolve seu pescoço apertando a carne enquanto os olhos continham uma mistura de sentimentos e emoções - Acha que é o primeiro a tentar se aproximar de mim, hum ? Essa voz doce e inocente, como se tivesse nascido pra me obedecer haha, que truque velho e nojento - o corpo de Gulf treme, fazendo seu estômago se contrair em nervosismo. - Se... senhor eu não - Kanawut tentava ter cuidado com as palavras, mas o mafioso não estava muito interessado em ouvir - Você acha que essa voz baixa, submissa cuspindo palavras doces são o que eu quero ? Eu poderia apenas apertar mais um pouco o seu pescoço e acompanhar a vida se esvaindo de seus olhos e depois dormiria tranquilamente enquanto seu corpo apodrece em uma cova rasa ou no fundo de um rio - os olhos de Mew eram poços escuros de confusão, isso era claro pra Kanawut, mas ele tinha dificuldade de se expressar já que a fúria do homem começava a dar força a mão que enrolava sua jugular - Esse é quem eu sou garoto, essa é a vontade que eu tenho, cada vez que olho pra você - um mordida é dada no ombro do garoto arrancando lhe um grito baixo e estrangulado - Quero consumir seu corpo até que não sobre nada, marcar sua pele, esvair sua forças até que fique completamente quebrado - a mão ganha força, arregalando os olhos de Gulf, e deixando em seu olhar um sentimento que Suppasit não definia, mas sabia já ter visto em outro lugar. A mão do garoto, ainda que trêmula se deita sobre sua face enquanto as palavras saiam baixas - Faça... não há mais nada em mim... eu já estou quebrado - a mão acaricia seu rosto fazendo Suppasit travar o maxilar irritado. A boca voa sobre a do garoto, prensando seus lábios de forma bruta antes de um beijo feroz iniciar, a mão ainda controlava o rosto de Kanawut, o mantendo imóvel no lugar, deixando apenas com que os lábios se mexesse, não por muito tempo já que logo a dor da mordida fez com que Gulf retraisse os lábios, o gosto ferroso podia ser sentido em seu paladar quando a voz sussurra baixo em seu ouvido - Vou te mostrar que sempre pode ser pior, um vaso quebrado pode virar migalhas, pó, e ser varrido pelo vento sem deixar rastro nenhum - o homem encara seus olhos por poucos segundos antes de intensificar o ar rude de suas palavras e ações - E quando esse dia chegar, lembre-se... Você escolheu isso pra si mesmo - o corpo do garoto foi rapidamente virado de bruços, a mão ainda apertava o pescoço, mas agora repousava sobre a nuca do menor, a pouca roupa que o garoto usava na parte de baixo do corpo foi quase a arrancada do mesmo, pouco antes do membro do mafioso ser liberto e sem cerimônia se chocar contra a entrada do menor - Ahhh não... esp... espera um pouco eu - Gulf tenta iniciar uma breve conversa, mesmo que no fundo ele soubesse que não daria em nada, o falo excitado de Suppasit lhe invade, sendo ainda mais apertado pela entrada levemente inchada. O gemido rouco daquele homem que ecoa pelo quarto causa um frio em seu estômago, ele não queria ceder, não daquele jeito, mas seu corpo já não respondia a si mesmo, conforme era estocado por Suppasit.

Dominado por Ele 📍 Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora