— Onde estão Richard e Duke? — Bruce perguntou, ainda montado no cavalo. Seus olhos correram rápido, mapeando o terreno ao não encontrar os robins no lugar combinado. Bruce havia ensinando as consequências de não aparecerem no lugar certo na hora certa, ele não tinha soldados irresponsáveis. Alguma coisa havia acontecido.As possibilidades do que poderia ter acontecido surgiam e eram descartadas com velocidade fenomenal em sua mente.
Infiltração era a mais provável, mas de quem? Como? Onde?
— Não se mexa. — Alfred, ou quem deveria ser Alfred, esticou a espada em sua direção. A lâmina gélida da espada estava em seu pescoço, um passo em falso e ele estaria acabado.
Bruce olhou de esgueira na direção de Alfred que começou a tomar outra forma até virar um homem de altura semelhante a de Bruce, usando roupas que cobriam quase completamente seu corpo, apenas pulsos e pescoço parcialmente livres de tecido. A pele dele era verde.
Metamorfo.
Bruce tinha ouvido falar deles em sua vasta rede de informações, mas seu infiltrado não tinha conseguido nada muito concreto (como fraquezas e vulnerabilidades), ter alguém com esse tipo de poder a solta e nenhuma fraqueza conhecida não era algo que ele apreciava, sendo eufemista.
Bruce procurou o momento em que a troca teria sido feita. Não poderia ter sido no reino, o invasor teria aproveitado para atacar Kal imediatamente. Bruce também teria percebido caso Alfred agisse de forma suspeita.
Isso deixava apenas uma opção restante, a última parada próxima ao rio, era claro.
— Você o matou? — Bruce perguntou, e o pragmatismo da frase escondia coisas que não podiam ser presumidas por um desconhecido.
— Não.
— E os meus robins?
O metamorfo reagiu: sua pegada na espada afrouxou e os ombros estavam tensionados, seus olhos se arregalaram, como se uma nova informação tivesse sido jogada na mesa, uma informação que nem mesmo havia sido considerada.
Não eram muitas pessoas que sabiam sobre os robins de Bruce, era uma subdivisão tática pensada justamente para missões simples de reconhecimento e reforço. Formada por adolescentes de 14 a 17 anos que eram protegidos de Bruce. O segredo de sua identidade não era apenas formalidade, não saberem da existência deles era imprescindível tanto pro serviço ser concluído com eficiência quanto para que as suas vidas não estivessem em risco. Mesmo os outros membros da guarda desconheciam sua existência. Os poucos que sabiam não tinham acesso a nomes ou rostos. Apenas a família real tinha acesso a essa informação e Bruce pretendia manter daquele jeito.
Ele não sabia sobre os robins, mas eles não estavam ali, então não apenas um invasor. Uma missão de espionagem/infiltração dificilmente envolveria combate, mas era uma situação complicada em que o preparo contra ela seria uma precaução justificada. Mais dois então, no máximo, mais do que isso levantaria suspeitas. Um especialista em combate a longa distância, um a média e curta. Um desses dois provavelmente seriam de alto escalão. Se a teoria de Bruce estivesse certa e o objetivo fosse de fato eliminar um dos El, não seriam mandados qualquer tipo de soldado, mas sim soldados capacitados e dispostos a morrer pelo objetivo de sua missão. Em outras palavras, pessoas perigosas, cuja as habilidades estavam acima da dos robins, não por eles serem fracos e incompetentes, mas pelo simples fator da experiência.
Bruce não podia demorar ali.
— Não matamos crianças — Ele disse, mas sua voz e postura não demonstravam plena certeza. Não tem certeza como os colegas reagiriam em uma situação inesperada.
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Royal Guard - Superbat
Hayran KurguBruce Wayne é o líder da guarda real do Príncipe Kal-El. Quando ele é enviado para verificar uma suposta atividade mágica e acaba preso em uma armadilha, Kal-El vai ao seu resgate, mas Bruce é orgulhoso demais e não suporta a ideia de que suas orden...