- O que foi que você fez com ele? - Questionei Daemon logo que ficamos a sós em meio a multidão que se formou no grande salão após o discurso do rei.
- Apenas mostrei a ele que não se deve bater em uma dama, minha princesa. - Ele sorriu em tom sarcastico.
- Mas ele não me bateu Daemon, eu bati nele! - Todos ao me redor viraram seus rostos ao me ouvirem, envergonhada baixei a cabeça e me retirei do salão em direção ao corredor vazio e pude ouvir passos atrás de mim, eu sabia que ele continuaria a me acompanhar.
- Bateu, e que punho de esquerda você tem ein!
- Daemon eu não te pedi para bater nele! Me ouve - Agarrei seu rosto para que ele me olhasse nos olhos - Aegon é filho do Rei, acha mesmo que o Viserys deixará assim?
Daemon ficou em silencio por um instante.
- Eu te defendi e minha forma de defesa é desta maneira!
- Não preciso que me defenda agora Daemon, porque quando eu precisei realmente de você, sabe o que você fez? FUGIU para SE CASAR COM OUTRA MULHER! - Soltei seu rosto e me virei com raiva precisava sai de perto dele, caminhei apenas dois passos e sua mão tocou em meu ombro me virando para encara-lo.
- Eu precisava Rhaenyra... - Sim, eu sabia o que ele queria dizer com isso, ele precisava se afastar porque seu queridissimo irmão não apoiava nossa união, eu ja ouvi tanto isso que chego a revirar os olhos toda vez que ouço novamente.
- Precisava sim... sempre diz a mesma coisa! Me poupe! Articulhe outro argumento!
- Você quer que eu diga que gosto de você e que seu pai jamais permitiria tal envolvimento entre nós dois? Quantas vezes terei de lembra-la que eu lhe pedi em casamento Rhaenyra, EU LHE PEDI!
- Pediu e não insistiu - Me afastei novamente dele, mas Daemon me segurou pelos ombros e me virou contra a parede de concreto, sentindo sua respiração perto de meu ouvido fazendo meu corpo se arrepiar, tocando meus labios com seu polegar, agarrou meu maxilar me fazendo encara-lo.
- Quer que eu insista?
- Já é tarde... - Lembrei
- Nunca é tarde! - Ele me pegou pelo braço e me levou para uma das salas em que ficavam os estoques de vinho perto do salão, havia barris enormes nas laterais da sala e estava escuro o que acabava me limitando de enxergar muito bem, mas um lapse de luz adentrava pela janela no alto o que nos ajudava a enxergar os barris.
- Daemon o que está fazendo?!
- Lhe mostrando que não é tarde para nada - Com sua mão direita ele apalpou meu seio o que me fazer gemer ao seu toque deixando meu mamilo entumecido, sempre que eu chegava perto de Daemon eu me tornava refem de seu toque, era como se eu precisasse dele. Sua boca se encontrou a minha mordendo meu labio inferior com sua mão segurando meu queixo me fazendo permanecer imovel, sua outra mão tocou a parte de trás do meu vestido aonde se encontrava a abertura dele.
- Daemon.. não. - Recuei um pouco, porem ele me impediu de me mover colocando uma mao em cada lateral de meu corpo me fazendo permacer ali.
- O que foi? - Ele perguntou, suspirei aflita, eu teria que dizer isso mais cedo o mais tarde.
- Me desculpa, eu estraguei tudo - Coloquei as mãos no rosto.
- Rhaenyra não estou lhe entendendo?
- Daemon eu sou virgem, eu tentei uma vez ter prazeres com outro homem porém não me senti preparada. - Ao dizer essas palavras suas mãos cairam sob a lateral de seu corpo, percebi que ele soava irritado puxei ele para perto mas ele permaneceu quieto, segurei seu rosto e o beijei, ele tentou recuar no começo, mas depois retribuiu e intensificou o beijo me depositando mordidas no queixo e no pescoço e apertou com força meu quadril, minha bunda e deslizando suas mãos levantou a saia do vestido e apertando entre minhas coxas - Daemon... - Falei entre o beijo, cada apertao que ele me dava eu sentia ficar cada vez mais umida, mas não podia permitir que a minha primeira vez fosse dentro de uma dispensa de vinhos, afastei ele de perto de mim para que eu pudesse respirar e raciocinar direito. - Está tudo bem? - Perguntei fazendo-o me encarar.
- Não gostei de pensar que outro homem lhe tocou, nao posso permitir isso!
- Como não? - Questionei confusa.
- Se nós dois tivermos relações intimas acredito que a corte adie os dois casamentos...
- Você enlouqueceu! Eu me casei ontem Daemon, deveria ter pensado com clareza mais cedo, pois agora é meio tarde! - Ele sorriu de canto - Do que você está rindo? - O empurrei para longe, indignada.
- Calma, olhe só, acha mesmo que Laenor está feliz com este casamento?
- Acredito que não, mas ele entende nossa situação.
- Ele quer viver livre Rhaenyra, pense! - Pensar, era pra eu pensar nesta altura sendo que ele que me deixou naquele dia como se eu fosse um crime, uma proibição divina, ele só pode estar de brincadeira comigo, como se fosse facil desistir de uma união assim da noite pro dia, eu era a herdeira do trono o que iriam pensar de mim se eu cancelasse o casamento e logo depois aparecesse casada com meu tio, seria loucura.
- Daemon acho que não podemos, eu pensar é uma coisa, mas você deveria ter pensado antes.
- Quer dizer que você está colocando a culpa em mim? - Pude notar que ele nao estava gostando do rumo da nossa conversa, e seu tom não era mais calmo.
- Se você tivesse ido atrás da aprovação do NOSSO casamento e não ter corrido para os braços de outra, acredito que hoje estáriamos casado! - Ao terminar minha frase, Daemon bate forte no barril que estava bem atrás dele, o que acabou me assustando, esse tipo de reação dele diante dos outros era comum, mas em minha frente foi algo novo.
- Lhe desejo tudo de bom Princesa! - Caminhando até a porta, ele a abriu e saiu me deixando la dentro sozinha, senti que eu iria chorar, mas segurei as lágrimas que queriam se formar. Era incrivel como a mudança de humor dele mudava ao ver que as coisas nao saiam da maneira como ele planejava, eu ja tinha visto este tipo de comportamento seu, mas comigo nunca. Ajeitei meu vestido e sai da dispensa, antes dei uma olhada para ver se não tinha ninguém no corredor e como estava limpo sai.
- Rhaenyra, lhe procurei no palacio inteiro! - Alicent surgiu do nada, arregalei os olhos. - Meu deus eu lhe assustei, que tola que sou! - Ela riu, e eu fingi um sorriso.
- Eu estava aqui, como pode nao ter me visto?
- Então como foi a noite com seu marido, me conte! - A olhei confusa, esse tipo de curiosidade vindo dela me espanta, até porque nunca tivemos intimidade o suficiente para que falassemos sobre relaçoes, ela era minha madrasta, credo!
- Ah foi normal.
- Normal?
- Sim, dormimos juntos - Sorri.
- Ah lhe entendi, você não quer dizer, lhe entendo! - E riu, me segurando pelo braço me levando não sei aonde, mas eu queria ir para meu quarto e ficar lá o dia todo e poupar que outras pessoas me vejam triste. Acompanhei ela até o jardim, ficamos um pouco lá juntas até Helaena vir com os "mini diabinhos" e tomar a atenção da rainha para que eu pudesse sair sem que me notassem. Chegando aos meus aposentos desabei na cama, talvez se eu dormissse os meus problemas desapareceriam por umas tres horas ou duas no máximo e isso não era o suficiente, eu tinha que me livrar deles. Daemon queria que nos casassemos, algo que era uma loucura na situação que ambos nos encontramos, nos casamos com outras pessoas recentemente o que para a corte seria um ato de insulto caso cancelassemos as uniões, não era nenhum ato inteligente tornar isso real.
Havia cochilado até que ouço gritos no corredor e passos da guarda real, levantando assustada vou até a porta cambaleando e a abro, vejo Rhaenys e Laena chorando juntas, saio do quarto desamassando meu vestido no caminho ao encontro delas.
- O que aconteceu? - Perguntei assustada com a cena delas a minha frente, Rhaenys soluçava enquanto Laena tentava consolar sua mãe, também chorando.
- Rhaenyra meus sentimentos! - Meu pai chegou perto de mim me abraçando, porém eu não estava entendendo nada sobre o que havia acontecido e o porque ele estava me prestando condolencias.
- Eu não estou entendendo, o que aconteceu? - Questionei mais uma vez confusa.
- Você não soube? Meu deus! Que tragédia. - Alicent atrás de meu pai chegou tapando a boca.
- ALGUÉM PODE ME DIZER O QUE ACONTECEU?! - Gritei.
- Mataram meu filho... mataram Laenor seu marido! - Rhaenys disse, o que me fez a olhar assustada sem entender.
- Como?
- Ouve uma briga entre ele e Sor Qarl Correy perto da baia da agua negra, os dois lutaram até a morte! - Meu pai informou, senti que fui perdendo as forças aos poucos antes que eu caisse ao chão Daemon apareceu e me pegou em seus braços, minhas pupilas foram se fechando.
- Ela recém se casou, e ja ficou viuva!
- Misericordioso seja os deuses!
- Tão nova, nem pode nem ter um herdeiro.
Essas vozes eram conhecidas, mas eu não conseguia identifica-las pois não conseguia permanecer de olhos abertos...
- Rhaenyra - A voz de meu pai me fez despertar, pisquei algumas vezes antes de olhar em seus olhos, ele estava segurando minha mão sentado ao meu lado na cama, provavelmente estava ali desde que adormeci, sabe-se la quem me viu assim neste estado.Viuva, essa seria meu novo apelido entre a corte e todos em que aqui vivem, quem diria que com apenas vinte e oito anos, eu seria virgem, viuva e herdeira do trono, tirando o fato de que eu não tenho ninguém ao meu lado a não ser meu pai, vida cruel a minha digamos.
O enterro de Laenor foi como os Velaryons faziam de acordo com suas tradições, pois eram conhecidos como os reis dos mares, Laenor foi posto em um caixao de concreto e atirado mar a dentro. Pensar que mau trocamos palavras, nem tivemos tempo um com o outro e se conhecer melhor, sei que tivemos umas conversas aqui e ali, umas até para tratar dos assuntos de nosso matrimonio e ele se foi, junto de seu amante, engraçado como o destino é falho, o amante que tanto ele admirava foi o mesmo que o matou.
Engraçado...
Como eu não havia pensado nisso, Laenor morreu um pouco depois de quando eu e Daemon estavamos falando sobre nos separarmos e casarmos, coincidencia ou não acredito que tenha algum dedo de Daemon nisso, não pode ser devo estar enlouquecendo talvez, mas eu tinha que descartar essa possibilidade até porque desconfiam até hoje que Daemon matou sua primeira esposa Rhea Royce. Olhei ao redor procurando aqueles longos cabelos platinados entre a multidão que estava ao redor do banquete pós velorio, o encontro escorado na lateral do muro que dava para a vista do mar ao pé de Driftmark, cheguei perto dele o suficiente para ouvir um pouco da conversa dele com meu pai.
- Tem certeza disto Daemon?
- Tenho sim, acredito que cometi um erro e preciso consertar.
- Tudo bem por aqui rapazes? - Eu disse ao me aproximar dos dois, eles picarrearam disfarçando a conversa.
- Rhaenyra minha filha - Meu pai veio me abraçar, afagando meus cabelos notei ao olhar para o Daemon que ele estava preocupado com algo, os sinais era quando ele franzia a testa ao olhar para as pessoas, e ele estava me olhando, preocupado. Meu pai acabou nos deixando a sós e eu não perderia a oportunidade de poder tirar qualquer resquicios de sinais de que ele poderia ter envolvimento na morte de Laenor, eu queria acreditar que não, mas conhecendo o Daemon como conheço e saber que ele é capaz de tudo por poder, ambição e até prazer.
- Preciso que não minta para mim, me promete? - Perguntei e ele me encarou com seus olhos perfeitos de violeta.
- Como quiser.
- Qual a porcentagem de envolvimento seu no atentado da morte de Laenor? - Falei baixo para que o pessoal a volta não me ouvisse e isso não se tornasse burburinhos futuros.
- Uns quarenta por cento! - Ele sorriu, o que me assustou foi que ele não mentiu e falou com naturalidade que somente um Targaryen tinha, Daemon havia tido culpa na morte de Laenor e acredito qual foi o motivo desse envolvimento.
Se casar comigo...
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The Valyrian Honor
FanficRhaenyra Targaryen, herdeira do Trono de Ferro, tem um desejo que não pode realizar: o amor proibido por seu tio, Daemon Targaryen. Desde jovem, ela é consumida por uma paixão secreta e avassaladora. Para sua surpresa, Daemon compartilha desse senti...