Quando vocês apostam entre si para ver quem é mais inteligente
Não era novidade para ninguém a competitividade que existia entre os dois jovens. S/N e Demetri sempre estavam em primeiro e segundo lugar de alunos com melhor desempenho da sala, e claro, não aceitavam "perder" um para o outro.
Na cabeça dos dois, isso tudo não se passava de uma competição. Tudo começou quando s/n entrou no colégio, mas o que Demetri não esperava, era que entraria alguém mais inteligente que ele. Nesse caso, a novata.
Desde então, eles declaram uma guerra fria, vindo de competir para quem tira notas melhores, e até quem tem menos faltas. Porém, essa semana, o que o garoto não esperava, era que sua arqui-inimiga faltaria. Coisa que dificilmente ocorria.
- Vocês sabem o porquê a s/n faltou? - Chegou perto de suas duas amigas.
- Oi para você também. - Dany diz, o que o faz revirar os olhos.
- Eu preciso saber.
- Ela está doente, Demetri. Satisfeito? - A morena dessa vez responder.
Ele franziu o cenho.
- Agora se nos der licença. - Puxa a amiga para andar deixando o garoto confuso no corredor.
(...)
Chegou o fim das aulas, e o primeiro a recolher os materiais foi Demetri. Se apressou ao sair, e involuntariamente, começou a andar em direção a casa de ninguém mais ninguém menos que s/n.
- O que eu estou fazendo? - Bate em sua testa.
Chegando em frente à residência, tocou a campainha. A porta de madeira é aberta, e ali, surge uma mulher não muito velha, que sorriu gentil.
- Como posso ajudar? - Ele abre a boca para falar, mas parecia ter travado. - Está tudo bem, querido?
- Ah, sim! Bom... essa é a casa da s/n, né? - Ela sorri, já imaginando algo.
- Pode entrar, irei chamá-la. - Ela deu espaço.
- Não! Eu não quero... é... - Coçou a nuca. - Tudo bem, eu posso ir chamá-la. - Entrou por fim.
A mulher sorriu, e apontou para as escadas.
- O quarto dela é a segunda porta à esquerda.
Ele assentiu, começando a subir. Engolia a seco, não sabendo ao certo o que fazia ali, mas sentiu a necessidade de visitar a colega.
Sabia onde ela morava devido a alguns trabalhos em grupos que fizeram juntos, mas não sabia que tinha o endereço em sua mente. Bateu duas vezes na respectiva porta, escutando sua doce voz dizer um "entre."
Ele entrou no cômodo, vendo toda sua decoração e as paredes em um roxo pastel bem clarinho. Sabia que a garota por mais puxa saco que fosse, era delicada.
- Demetri? - Ela diz confusa e perdida, deitada em sua cama. Seu rosto estava meio pálido, e os cabelos bagunçados. - O que faz aqui?
- Eu... fiquei confuso ao saber que faltou hoje.
- E por que não mandou mensagem?
- Bem... - Sorriu nervosos. - Quis fazer nossa competição de hoje aqui. Acho justo. - Ela riu, desacreditada.
- Veio até aqui para isso? - Ele se sentou na beirada da cama.
- Sim. Vamos começar? Igual sempre. - Estende o mindinho.
Os dois tinham a mania de apostar entre si para ver quem é o mais esperto, valendo perguntas de todas as matérias, e o que demorasse mais que dez segundos para responder, teria que fazer o que o outro mandar, como se fosse um desejo.
- Eu começo então. - Ela diz, sorrindo ladina, depois de entrelaçar seus mindinhos. - Está pronto?
- Sempre estive.
- Quais plantas não possuem vasos condutores?
- Briófitas! - Ela revira os olhos. - A qual reino as bactérias pertencem?
- Reino monera, fácil. - Sorri convencida.
E as perguntas rolaram soltas, e parecia que os remédios que a garota tomou, a faziam ter um raciocínio mais lento.
- Qual o número total de átomos diferentes que constituem o planeta Terra?
- Noventa?
- Errou! - Ele diz convencido. - São noventa e três.
- Tá bom, você venceu. O que vai querer? - Ele pareceu nervoso naquele momento, e até tímido.
- Você pode fechar os olhos? - Ela o faz, mesmo confusa.
É pega de surpresa, quando sente algo molhado tocar seus lábios. Demetri estava a beijando.
Ela abriu os olhos, mas por algum motivo não conseguia se separar, e ao contrário disso, voltou a fechar os olhos, o puxando para mais perto. Suas bocas coladas estava sendo uma sensação nova para ambos. Quando se separaram, os olhos brilhantes do garoto a encaravam.
- Sabe que você pode pegar uma gripe, né?
- Sei. - Sorriu. - Mas não me segurei. Sempre tive vontade de fazer isso.
- Vontade a quanto tempo?
- Talvez desde que entrou para minha sala. - Ela ficou surpresa. - Mas quando vi que era mais inteligente que eu, começou nossa relação de inimigos. - Ela riu assentindo.
- Ainda somos inimigos, sabe disso, né?
- Tudo bem. Eu gosto de um "enemies to lovers".
É, talvez não seja tão ruim ter um arqui-inimigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imagines Cobra Kai e Karate Kid
FanfictionImagines de CK E KK para você se iludir demais! Aproveite PEDIDOS ABERTOS