Maya é uma garota jovem e responsável que se vê afundada em dívidas do passado, em busca de soluciona-las ela resolve aceitar o pedido de seu chefe bilionário.
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Acordei sentindo o sol queimar meu rosto, apertei os olhos incomodados com a claridade e constatei o óbvio: preciso de cortinas novas. O despertador tocou frenético e eu o encarei ainda meio perdida em pensamentos matutinos, quase caio da cama ao ver as horas, estava terrivelmente atrasada pela vigésima vez, por algum motivo não acordei com os outros CINCO despertadores de antes, tenho muitos despertadores com pouca eficiência.
— Merda! — resmunguei, levantando-me e correndo para banheiro
Geralmente entro às sete, duas horas antes do meu chefe chegar a empresa, ele chega pontualmente às nove, não se atrasa nunca, nem um segundinho, já eu sou completamente o oposto, tenho insônia e um medo horroroso de escuro, dificultando minhas noites de sono me fazendo atrasar alguns dias ou chegar sempre em cima da hora. Tomei um banho correndo e me vesti o mais rápido que pude, não daria tempo de tentar fazer Jurema funcionar, detalhe, Jurema é o meu carro, ele anda funcionando apenas na hora que quer, se ele decidir que não vai, não há quem o faça sequer tilintar em sinal de que ligará.
Corri na rua atrás de um táxi e rapidamente um apareceu, por pura sorte. Passei o endereço e, antes que eu pudesse respirar aliviada após a correria, meu telefone tocou:
— Oi, senhora Figs — atendi a dona do meu apartamento
— Oi, Maya, tudo bem? — perguntou
— Sim, como posso ajudar a senhora? — perguntei
— Bom querida, sei que não é uma boa hora e deveríamos conversar pessoalmente — ela começou — Meu sobrinho está vindo da Alemanha e está sem um lugar para ficar, como deve imaginar o único imóvel que terei disponível para que ele não precise ficar em minha casa, é o seu — ela falou rápido tentando aliviar a tensão
Fiquei alguns segundos em silêncio
— A senhora está me despejando? — perguntei indignada, paguei o aluguel há dois dias com o resto do meu dinheiro
— Sinto muito, mas é o único local onde posso manter meu sobrinho confortável, vou devolver o dinheiro do aluguel que me pagou essa semana, preciso do apartamento vazio até sexta-feira de manhã — ela avisou
Desliguei o telefone sem conseguir pensar no enorme balde de água fria que havia levado, como eu iria achar outro apartamento que fosse no valor do meu atual e que esperasse o meu próximo pagamento para receber? Estou completamente ferrada.
Fiquei presa em um congestionamento e cheguei à empresa às 8:57. Corri pelos elevadores, torcendo para que chegasse rápido o suficiente para que ninguém notasse o meu atraso. Quando o elevador se aproximou do andar, respirei aliviada, a porta se abriu e eu vi que era tarde demais, meu chefe bonito e pontual já estava na minha frente na porta do elevador
— Bom dia, srta. Harris — ele me olhou sério como sempre
