Se entendendo

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Saímos do elevador e andamos pelo estacionamento em direção ao meu carro, Maya parecia finalmente respirar fundo e se tranquilizar

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Saímos do elevador e andamos pelo estacionamento em direção ao meu carro, Maya parecia finalmente respirar fundo e se tranquilizar.

— Isso foi um pouco estranho — ela disse sem jeito 

— Sei que não gosta dela — respondi tranquilo — Vejo como ela te provoca e como você a responde atravessado — expliquei olhando sua expressão  

— Sabia que o nome dela era Bethany não é? — perguntou já sabendo a resposta 

— Sei o nome de todos que trabalham nesse prédio, então sim, sabia que o nome dela era Bethany — comecei — Mas você precisava ver que estou realmente disposto a fazer esse acordo dar certo para nós dois, como namorado eu devia te emprestar meu blazer para que todos daquela sala pudessem parar de ver seus peitos — falei e ela me encarou sem jeito — Relaxe Maya, parece que viu um fantasma — brinquei tentado aliviar o clima  

Ela me olhava como se eu fosse de outro mundo, não a culpo, a versão mais aberta e descontraída guardava para momentos com a minha família.

— Senhor Moretti — Marcel me cumprimentou ao lado do meu carro  

— Olá — me aproximei — Querida, este é Marcel, o meu motorista — falei olhando para ela  

Marcel parecia confuso, mas sorriu em forma de comprimento 

— Pode tirar o resto do dia de folga — falei com ele que concordou, parecendo animado  

Ele me entregou a chave e se afastou, entramos no carro rapidamente  

— Pronta? — perguntei e ela concordou 

Liguei o carro e percebi a euforia vindo de Maya, que parecia animada vendo o barulho delicado que meu carro fazia ao ligar.

  — O que foi? — perguntei curioso, sem olhar enquanto saia do estacionamento interno 

— Achei interessante o barulho que seu carro faz quando liga — falou parecendo se lembrar de algo — O meu ainda estaria entre a terceira ou talvez sexta tentativa para ligar — brincou e eu ri baixo

Já a vi no estacionamento algumas vezes tentando ligar a lata velha, era cômico de se assistir.

— Gosta de carros? — perguntei, passando o olho sobre ela  

— Muito — respondeu animada — Pode virar aqui — falou apontando para a próxima rua 

Estávamos em frente a um prédio mais antigo, estacionei o carro em frente e subimos juntos para o seu apartamento, ainda com um clima incerto e meio desconfortável. Nós conhecemos há anos, temos um contato diário, mas não somos íntimos.

Logo ela abriu a porta e pude observar seu apartamento. Era simples e um pouco apertado, comparado à minha cobertura era quase metade de um dos meus quartos de visita, mas parecia confortável apenas para ela, que passa o dia todo fora de casa. Ela me observava em silêncio, tentando entender meus olhares.

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