Maya é uma garota jovem e responsável que se vê afundada em dívidas do passado, em busca de soluciona-las ela resolve aceitar o pedido de seu chefe bilionário.
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Depois que Enrico saiu, terminei de organizar algumas coisas que estavam pendentes e logo vi Carter se aproximando da minha mesa. Sorri de orelha a orelha, estava com saudades do meu amigo
— Achei que a bonita não ia voltar — ele comentou
Levantei
— Foram só alguns dias fora — abracei ele que sorriu beijando minha testa
— Pareceram um século — respondeu — Tenho novidades — comentou me olhando
— Eu também — respondi animada
— Vamos almoçar juntos? — ele perguntou e eu concordei
Juntei minhas coisas e peguei minha bolsa, seguimos conversando pelo elevador e fomos para o restaurante mais próximo ao som de Taylor Swift e cantamos juntos ¨You belong with me¨
Sentamos em uma mesa próxima a uma janela que dava a vista perfeita para as ruas movimentadas de Nova York. O garçom nos trouxe o cardápio e eu pedi a sugestão do chefe e um suco de maracujá.
— Você está brilhando, já imagino o que queira me contar — Carter falou me observando e eu me permiti sorrir com felicidade pura e genuína
— Esses dias em Roma, convivendo com a família e criando momentos íntimos com Enrico me fizeram ver as coisas em outro ponto — comecei — A gente estava tentando manter as coisas apenas como um contrato — completei
Carter sorriu como se quisesse dizer aos quatro ventos, eu avisei.
— Conheci um lado de Enrico que me fez ter a certeza, me apaixonei por ele gradualmente, uma paixão intensa e completamente desregulada — confirmei o que Carter já imaginava
— Estou tão feliz por você pepi, você merece tudo de bom que o mundo pode proporcionar, é uma mulher incrível — Carter falou pegando em minha mão e eu sorri completamente feliz
Carter é meu melhor amigo, ter sua aprovação em algo que me deixa tão feliz, faz com que tudo fique melhor ainda.
— Obrigada por sempre estar do meu lado — falei com ele
— Não precisa agradecer — retribuiu
— Mas me conta, qual a sua novidade? — perguntei animada por ele
Ele fez uma pausa dramática, me deixando ainda mais ansiosa.
— Conheci uma pessoa — ele soltou como algo bombástico
— Ai meu Deus — falei animada
— Mas tem um problema — ele falou baixo cortando a minha animação
— Que problema? — perguntei confusa
— Vamos começar do começo — disse se acomodando na cadeira. — Conheci ele em uma boate no centro da cidade, aquela sofisticada que vende bebidas mais caras que tudo — explicou, e eu concordei em silêncio, prestando atenção. — Estava no bar tomando um drink quando ele se aproximou, aparentando estar incomodado com alguma coisa. Ofereci uma bebida demonstrando interesse e ele aceitou, demonstrando que também estava interessado em mim.
Ficou uns segundos em silêncio.
— O que aconteceu depois? — perguntei curiosa
Ele sorriu meio de lado e sem jeito, Carter era completamente sem filtro, mas para algumas coisas ainda era fechado.
— A gente foi para a casa dele e acabou rolando, no outro dia acordei e vi que na cabeceira da maldita cama tinha uma foto dele com uma garota abraçado, eles usavam alianças juntos — ele comentou
— Ele é casado? — perguntei indignada
— Grita mais alto — falou em tom de ironia e eu coloquei a mão na boca — Não amiga, ele era noivo, segundo ele terminou o relacionamento naquela noite e por isso estava na boate — respondeu parecendo chateado — Eu me senti usado, mas foi tão diferente... — falou parecendo ainda pensativo com a situação
— Mas você perguntou para ele? — perguntei — Tirou alguma satisfação? — perguntei
— Não, eu me vesti e sai antes dele acordar — respondeu frustrado — Trocamos os celulares na boate e ele não para de me mandar mensagem tentando me explicar a situação, mas não quis muito papo — ele comentou frustrado
Fiquei uns segundos em silêncio pensando na situação.
— Apesar de que não conheço o cara, acho que você deveria escutar o que ele tem a dizer — expliquei e ele pareceu pensar também
O garçom colocou nossos pratos em nossa frente e eu dei um gole no meu suco
— Vou ver o que faço — ele me respondeu
— Quer ir lá para casa maratonar crepúsculo? — perguntei — Parece que hoje vai chover — falei analisando o céu
Ele sorriu
— Depois das 19:00 — respondeu e eu concordei sorrindo e indo comer meu almoço delicioso.
(...)
Terminamos de almoçar e voltamos à empresa, voltei a fazer minhas coisas e assim que terminei avisei a Carter que estava indo para casa, mandei o endereço e saí da empresa. O caminho para casa foi tranquilo, assim que cheguei me organizei, tomando um banho rápido, vestindo uma roupa confortável com meias nos pés, já que realmente ventava e havia começado a garoar recentemente.
Meu celular vibrou sinalizando uma ligação e eu sorri vendo o nome de Enrico, atendi rapidamente, colocando no viva voz.
— Já está com saudade? — perguntei brincando e ouvi sua risada tranquila.
— Sempre — respondeu — Cheguei agora no hotel, obrigada por organizar tudo rapidamente — agradeceu e eu sorri em silêncio.
— Trabalho bem feito, sempre — confirmei.
— Já está em casa? — perguntou — Vi que o clima mudou por aí — falou
— Sim, cheguei recentemente — confirmei — Espero que não seja um problema, chamei Carter para dormir aqui esta noite, precisamos colocar alguns assuntos em dia e vamos fazer uma maratona de crepúsculo — falei meio sem jeito
— Não se preocupe, a casa também é sua, pode convidar quem quiser — falou parecendo tranquilo e eu concordei
— Obrigada — falei
— Não precisa agradecer, você sabe — falou — Vou aproveitar que continua cedo por aqui, tomar um banho e descer para a academia para passar o tempo — comentou
— Tudo bem, vai me avisando — respondi, me sentando na cama e relaxando
— Eu aviso, amore mio, aproveite a noite — desejou e eu sorri
— Obrigada, tenha uma boa noite de sono — desejei também
— Amo você — ele falou me fazendo sorrir igual besta
— Também te amo — respondi
Assim que terminamos desliguei o telefone e fiquei esperando Carter. Rapidamente, o porteiro avisou a sua chegada, liberei e fiquei esperando ele subir, logo ele já batia na porta.
— Que demora — reclamei, abrindo a porta
Ele observou o apartamento rapidamente.
— Meu Deus, esse apartamento é maior que a minha casa — ele falou animado e eu ri.
— Maior que qualquer um dos lugares que eu já morei — respondi, ele riu também
Organizamos tudo que iriamos comer e eu arrumei o sofá gigantesco, puxando para ficar maior, peguei uma coberta e ficamos juntos até a madrugada assistindo aos filmes de Crepúsculo e rindo das cenas toscas que, antigamente, achávamos a maior obra romântica já feita.
